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Entidade Social João Paulo II

A ENTIDADE SOCIAL JOÃO PAULO II – ESJPII
- Originou-se por meio da necessidade de trabalhar a recuperação e a reintegração de pessoas adictos ao uso de álcool e drogas na cidade de Sarandi e região. Fundada em 12 de março de 2008, pelo Pe. Luiz Carlos de Azevedo, como atividades de biblioteca e arquivos.
- Veio a transformar se em Casa de recuperação em 22 de fevereiro de 2012, com nova Diretoria, na Figura de Maria Isaura de Brito Coelho.
Hoje acolhendo e recuperando vidas.

Endereço. Estrada Mauro Trindade lote 165-B chácara Nosso Lar. Missão da organização. Coordenadora geral. Angelita Maria de Brito Oliveira Presidente. Maria Isaura de Brito coelho


Missão da organização.


• Promover atividades com o objetivo de prevenir doenças gerada por meio do uso de álcool e drogas.
• Promover convênios com profissionais, empresas e faculdades e ou universidades para desenvolver projetos sociais na área da recuperação e reintegração do indivíduo ao meio social .
• Promover programas culturais de prevenção contra o uso de alcool, drogas e afins, no meio social e familiar.
• Atendimento atual, para pessoas do sexo masculino a partir de 18 anos.

Presidente:
MARIA ISAURA DE BRITO COELHO


Coordenadora do projeto prevenção e tratamento:
ANGELITA MARIA DE BRITO OLIVEIRA











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A ENTIDADE SOCIAL JOÃO PAULO II – ESJPII. Originou-se por meio da necessidade de trabalhar a recuperação e a reintegração de pessoas adictos ao uso de alcool e drogas na cidade de Sarandi e região. Fundada em 12 de março de 2008, pelo pe. Luiz Carlos de Azevedo, como atividades de biblioteca e arquivos, veio a transformar se em Casa de recuperação em 22 de fevereiro de 2012, com nova Diretoria, na Figura de Maria Isaura de Brito Coelho. Hoje acolhendo e recuperando vidas. End: Estrada Mauro Trindade lote 165-B chácara Nosso Lar. Missão da organização. • Promover atividades com o objetivo de prevenir doenças gerada por meio do uso de álcool e drogas. • Promover convênios com profissionais, empresas e faculdades e ou universidades para desenvolver projetos sociais na área da recuperação e reintegração do indivíduo ao meio social . • Promover programas culturais de prevenção contra o uso de alcool, drogas e afins, no meio social e familiar. Coordenadora geral. Angelita Maria de Brito Oliveira Presidente. Maria Isaura de Brito coelho
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segunda-feira, 29 de março de 2010

Levantamento mostra que entre 2006 e 2008 cresceu o número de mulheres das classes A e B que buscaram tratamento na rede pública de SP. Elas têm diploma universitário e um bom emprego.

As mulheres de classe econômica A e B, de famílias com renda de mais de 15 salários mínimos por mês (R$ 6.975), cada vez mais recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo em busca de tratamento para o alcoolismo.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde mostra que, entre 2006 e 2008, cresceram em 28,8% os atendimentos a pacientes do sexo feminino que, no geral, têm diploma universitário e um bom emprego, mas preferem o anonimato do serviço público à exposição em uma clínica particular.

"Elas têm melhor acesso à informação, então conseguem identificar os locais onde tratamento especializado é oferecido, como os hospitais universitários", afirma Mônica Zilberman, especialista da Universidade de São Paulo (USP) em alcoolismo feminino. "Mas em parte a procura na rede pública é pela vergonha de procurar o médico particular e ter de assumir para a família que tem o problema. É como se o serviço público preservasse a privacidade dessas mulheres." Esse é o argumento de Ana (nome fictício), de 36 anos, formada em direito, mas dependente do álcool para viver e do marido para consumir.

Há dois anos, das pacientes atendidas na rede pública do Estado, 371, ou 13,3%, eram mulheres com esse perfil. Agora, elas são 478 e respondem por 16,1% do total de consultas femininas. O avanço das mulheres com melhores condições financeiras nos números do SUS também veio acompanhado de um aumento geral das pacientes de todas as classes sociais que sofrem do problema.

Apenas durante 2008, todo dia oito mulheres em média procuraram hospitais públicos para tentar solucionar o alcoolismo. Elas contam que assistiram à destruição de suas carreiras, relacionamentos, famílias ou profissões em troca de copos de cerveja, taças de vinho ou goles em uísque.

O universo de 2.942 mulheres que procuraram os serviços em 2008 representa um aumento de 8% em relação ao ano de 2006 (quando foram 2.717). Isso em um contexto de redução de atendimentos masculinos, já que foram 8,76% a menos de homens recebidos em unidades públicas, mostra o mesmo balanço.

"Com a diferença que a sociedade já aceita que a mulher beba, mas rejeita e condena que ela se embriague", diz Silvia Brasiliano, coordenadora do programa da mulher dependente química do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.

"Ela carrega o estigma de se tornar sexualmente promíscua quando bebe, enfrenta mais preconceito e mais dificuldade de procurar ajuda. Isso faz com que bebam sozinhas, escondidas, muitas vezes até álcool de limpeza."

Para as mulheres de classe econômica alta, o padrão de uso de drogas é muito parecido com o de mulheres de extrema pobreza, avaliam o psiquiatra Pedro Katz e a psicóloga Dorot Verea. "Não há limites financeiros para os dois grupos.

Para as mais ricas, o dinheiro em excesso abre as portas para o consumo. E, para as mais pobres, a falta de verba é tão recorrente que o uso de drogas após o roubo ou a prostituição acaba como sendo natural", diz Dorot.

Segundo eles, o vício feminino é alimentado de culpas, mágoas e pressão. Tratar de si própria muitas vezes significa ter de ficar distante dos filhos e de todas as tarefas atribuídas à mulher. Por isso, na clínica particular que possuem em Perdizes, zona oeste, eles montaram o hospital dia, sem a necessidade da internação.

Mesmo com todos esses fatores, as mulheres procuram ajuda médica em idades mais jovens do que os homens (elas aos 40 anos, eles aos 50). Isso porque os efeitos do álcool são mais devastadores no organismo feminino e instalam a dependência mais cedo.

Luizemir Lago, uma das responsáveis pela política sobre drogas do Estado, lembra ainda das consequências no sistema psicológico, já que muitas acabam abandonadas pelos amigos, no emprego e pela família, ainda que os parentes não saiam de casa.

Fonte: Fernanda Aranda - Alcoolismo.com.br
quarta-feira, 24 de março de 2010

Há razões, nem sempre evitáveis, para que um jovem se deixe seduzir pelo uso de entorpecentes. Mas a família pode ajudar, e muito.

"Quem é feliz não usa drogas." A tese, defendida pelo psiquiatra Içami Tiba em seu novo livro, Juventude & Drogas - Anjos Caídos, mostra aos pais que o perigo nem sempre vem de fora. Na maior parte das vezes, segundo o especialista, ele se encontra dentro da pessoa que desenvolve o vício, disfarçado de carências que, muitas vezes, pais poderiam suprir. Não existe maneira de uma família se blindar contra a ameaça. Tiba, no entanto, acredita que é possível desmistificar o problema. "É preciso exigir responsabilidades dos filhos.

As drogas não seduzem tão facilmente as pessoas que são cobradas", diz o psiquiatra. Para Tiba, infelizmente os pais andam errando bastante na educação dos filhos. Confundem amor com permissividade. Aquela que o psiquiatra chama de 'geração asa e pescoço' deseja dar aos rebentos só o 'peito e a coxa'. Querem fazer a compensação das necessidades que tiveram por meio das crianças. "Os pais estão criando os filhos para que usem drogas", polemiza.

Amar o filho incondicionalmente - e não só quando ele tira uma nota boa na escola - é importante, mas não é suficiente. O que importa, para o psiquiatra, é educar. Afinal, as dificuldades vividas pela 'geração asa e pescoço' também os tornaram mais fortes para o mundo. Uma boa educação pode tornar a ameaça menos provável, mas quem educa bem não pode se descuidar. Outras variáveis estão envolvidas na sedução: circunstância, curiosidade, falta de auto-estima, vontade de permanecer a um grupo. Longe da cocaína há um mês e meio, Fernando Demarque, 26 anos, sempre considerou bom o relacionamento com a família. Acha que seu primeiro contato com as drogas, aos 17 anos, foi motivado por curiosidade e desejo de receber aprovação dos amigos. "Nunca me faltou amor", diz ele. Se o problema sempre encontra uma fresta pela qual pode se infiltrar, o jeito é reconfigurar as relações familiares, para que os pais não sejam os últimos a saber. Isso, segundo Tiba, é possível por meio da cidadania familiar.

Nesse conceito de organização doméstica, ninguém faz em casa o que não pode fazer fora dela. Isolamento e solidãoMuitos pais acham que os transtornos familiares chegam ao fim assim que conseguem alimentar e educar os filhos. Como Tiba coloca em seu livro, mais do que falhas na educação, o consumo de drogas pode refletir uma série de insatisfações existenciais do jovem. Professor do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier acredita que é o isolamento - e não as baladas noturnas - o sinal mais comum de que um jovem se tornou um 'anjo caído'. "Ele deixa de ter amigos", diz o psiquiatra. Xavier acredita que o tratamento do problema não pode ser imposto ao adolescente e que a solução do problema passa por estratégias que motivam o reconhecimento do vício.

Cooperação, para Tiba, é algo que um viciado em drogas não tem condições de oferecer. "Ele não consegue pensar da maneira correta e isso é um sintoma da própria doença provocada pelas drogas", defende. A unanimidade entre os especialistas é que os pais devem estar presentes durante o tratamento. A melhor combinação para tratar o vício pode ter terapia, medicamentos e grupos de ajuda mas, se incluir os pais, funciona melhor ainda.
Fonte: Içami Tiba
domingo, 21 de março de 2010

Especialista diz que falta de integração em políticas públicas dificulta combate ao crack

A opinião é do articulador nacional da Central Única de Favelas (Cufa), Preto Zezé, para quem essa é uma questão que deve ser levada em consideração, principalmente quando se trata de pessoas carentes.

“Vamos tirar o crack do morador de rua. Você vai chegar nele e dizer: o crack está te matando, e o cara gozando”, ironizou durante debate no 4º Encontro Anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Sem perspectivas, o usuário dificilmente abandonará a droga, ressaltou o coordenador do Conselho Municipal de Políticas Públicas de São Paulo (Comuda), Luís Alberto de Oliveira. “Se eu não der uma perspectiva de saúde, de qualidade de vida para essas pessoas, é mais fácil continuar fumando”, afirmou.

A falta de integração nas políticas públicas é outro problema apontado por Oliveira no combate ao crack. “Nós trabalhamos no varejo, em tudo, no tratamento, na prevenção, nas políticas públicas. Escolta uma coisinha aqui, outra coisinha lá. E, por uma questão até de cultura, dissociantes. Um não fala com outro, não troca ideia, não soma energia”, considerou.

Ele também destacou a falta de coerência no enfrentamento do uso abusivo de drogas. “Nós somos convidados pela televisão a usar drogas”, ressaltou, referindo-se às propagandas de bebidas alcoólicas. O álcool, lembrou o médico, abre espaço para o uso de substâncias mais pesadas. “Começamos a usar pelo álcool, e daí o álcool se torna uma droga menor e eu quero uma coisa que me dê mais embalo”.

Além de mudar a maneira de encarar o álcool, Oliveira disse que a questão das drogas não deve ser tratada como um problema para ser resolvido apenas com ações policiais. “A descriminalização [das drogas], sem dúvida, é o caminho obrigatório. A droga não é [apenas] um problema de polícia, é também um problema de polícia”.

Preto Zezé defendeu mudanças na legislação em relação aos pequenos traficantes. Segundo ele, jovens negociando pequenas quantidades de droga acabam entrando ainda mais no mundo do crime se forem para o sistema carcerário. “Ao aplicar o crime hediondo no adolescente com 14 pedras de crack, eu pergunto: nós resolvemos um problema ou criamos um muito maior?”, questionou.

Uma proposta apoiada pelo governo federal para instituir penas alternativas a pequenos traficantes foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado no fim do ano passado.
Fonte: site antidrogas - JC Online/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
sexta-feira, 19 de março de 2010

Em nota divulgado pela assessoria de imprensa da Prefeitura, no final da tarde desta terça-feira (17), o prefeito Silvio Barros não tem interesse na revogação da Lei Seca que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos próximos a instituições de ensino superior.
No entender do prefeito, a lei de autoria do Executivo trouxe resultados positivos em relação à segurança dos locais e à saúde dos jovens universitários, e não existem motivos para retroceder quando existem conquistas.

Fonte:O Diário de Maringá/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
quarta-feira, 17 de março de 2010
O problema da drogadição em nosso Município está muito grande, penso que a Entidade sozinha não vai conseguir resolver significativamente o problema por isso peço aos vereadores e gestores públicos que façam projetos em prol desta necessidade.
Existem iniciativas em todas as esferas públicas relacionadas ao tema;Drogas - entretanto, não há integração entre as diferentes áreas, seja na prevenção e no combate às drogas, seja no tratamento à dependência química; - fica evidente a falta de harmonia e de planejamento entre os órgãos governamentais que atuam sobre o tema drogas; - é consensual a necessidade de investimento maciço em educação para que a prevenção inicie na escola e com amplo envolvimento da família.
O número de leitos para tratamento da dependência química é insuficiente para a demanda atual; - as instituições públicas que realizam o tratamento de dependentes químicos, em geral, oferecem apenas desintoxicação, sem acompanhamento posterior, justamente no período em que a chance de "recaídas" é muito grande; - a imensa maioria das comunidades terapêuticas realiza um importante trabalho de acompanhamento pós-desintoxicação, mas que fica restrito a atividades ocupacionais como trabalhos manuais e grupos de oração, sem acompanhamento clínico e psicológico adequado; - há casos em que a Justiça tem determinado liberação de pessoas apreendidas em posse de drogas, já que não há vagas no sistema carcerário, nem se vislumbra possibilidade de reinserção social.

RECOMENDAÇÕES - abaixo cito algumas ações que devem ser providenciadas para que o trabalho de prevenção e tratamento das drogas tenha um efeito desejado.
- investimento maciço em Educação, prevendo atividades curriculares e extra curriculares com envolvimento dos familiares e de toda a comunidade escolar;
- capacitação de profissionais nas áreas da saúde, da educação, da segurança pública e afins para atuarem na prevenção; - apoio governamental e da sociedade ao Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN/RS);
- apoio governamental e da sociedade à instalação e estruturação dos Conselhos Municipais de Entorpecentes (COMENs);
- apoio e valorização ao Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) da Brigada Militar;
- incentivo à instalação de Comissões Anti-drogas nas Câmaras Municipais;
- valorização, apoio e fiscalização rigorosa das autoridades médicas e sanitárias nas comunidades terapêuticas;
- apoio à formação de uma rede integrada de informações sobre drogas, envolvendo os diferentes setores governamentais (saúde, educação, segurança, desenvolvimento social, entre outros), as demais autoridades públicas (Parlamento, Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, entre outros), hospitais, clínicas, comunidades terapêuticas, ONG s, entre outros; - revisão da legislação de execuções criminais no que se refere à posse/tráfico de entorpecentes;
- definições específicas no Plano Plurianual sobre investimentos em ações anti-drogas;
- criação de rubricas no Orçamento do Estado para programas específicos de prevenção e atendimento à drogadição;
- estudos para a criação de leis com abrangência sobre as seguintes áreas: Ação Social: programa de apoio às entidades que atuam no tratamento à dependência química; programa de capacitação profissional para inclusão de ex-dependentes no mercado de trabalho. Educação: um dia por semestre de debates e esclarecimento sobre drogas em todas as escolas;
incentivo à prática esportiva como atividade preventiva em escolas e centros educacionais.
Saúde: número de vagas proporcional ao número de vítimas das drogas.
Segurança: uma delegacia especializada a cada cem mil habitantes; incentivo ao PROERD da Brigada Militar.
- fortalecer as ações de prevenção e combate no âmbito regional, utilizando as estruturas de entidades como os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes)
- criação de uma Política de Estado Integrada de prevenção e combate às drogas, bem como visando ao tratamento da dependência química, no âmbito do Município.

Ass. Psicóloga Heliane R. de Faria
domingo, 14 de março de 2010

Nem todos os especialistas concordam que codependência é uma doença. Porém, alguns fatores justificam esta nomenclatura. Os codependentes são reativos a uma doença, de forma progressiva. Seus comportamentos, como o dos dependentes químicos são autodestrutivos e compulsivos.
Os codependentes são autodestrutíveis em potencial. Eles passam por um ciclo vicioso de pensar e sentir, devido à dor que sentem por serem dependentes de pessoas com dependência química, por exemplo.
A codependência envolve um sistema vicioso de pensar, sentir e comportar-se em relação a si mesmo e aos outros que acaba por causar dor ao codependente. Nos relacionamentos codependentes não existe o enfrentamento direto dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, expectativas realistas, individualidade, confiança nos outros e em si mesmo.
O codependente tem medo de desagradar e perder o afeto das outras pessoas, principalmente daqueles com quem convive estreitamente, sejam eles cônjuge, filhos, irmãos, pais, etc... Tentam controlar a vida do outro; preocupam-se demasiadamente com as outras pessoas; tentam ajudar de forma errada; dizem sim quando querem dizer não; evitam ferir os sentimentos das pessoas, mesmo que para isso estejam ferindo a si próprios; não confiam em seus sentimentos; acreditam em mentiras e depois se sentem traídas. Aparentemente mostramse pessoas dedicadas, preocupadas e benevolentes. Na verdade, são permissivos, queixosos, criam desculpas para o comportamento do dependente, tendo dificuldade de entendê-lo como doença. Salvam-no de situações desagradáveis, tornando-se herói da situação. Assumem também o papel de vítimas perante a dor que a situação gera recorrencia.
sexta-feira, 12 de março de 2010

O PAPEL DA FAMÍLIA NA PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS
A dependência química é considerada doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde), e hoje há consenso sobre a predisposição genética ao vício e aos problemas psiquiátricos que podem estar associados (comorbidades), como a depressão e o transtorno bipolar. Mas igualmente se sabe que vários fatores podem se somar no caminho que leva às drogas, inclusive o ambiente familiar. Compartilhar responsabilidades e promover mudanças pode ser tão difícil como reconhecer que um familiar é dependente químico.
O TESTE DA PREVENÇÃO
Você colabora decisivamente para evitar que seu filho se torne dependente químico? Responda as quatro perguntas abaixo e confira o seu desempenho:
Quando você está em família se sente à vontade para fumar cigarros, consumir bebidas alcoólicas ou recorrer a automedicação?
Você sabe quais são os efeitos e os danos causados, por exemplo, pela maconha, o crack e o uso abusivo de álcool e se mostra aberto para discutir o tema com seu filho?
Você sabe dizer o nome da paquera do seu filho (a) na escola ou se há algum colega com quem ele (a) já teve uma desavença?
Você sabe onde seu filho está? Com quem? E fazendo o que?
COMO VOCÊ DEVE AGIR EM CADA CASO?
Dê o exemplo: Os pais devem promover uma cultura antidrogas em casa, o que inclui tanto as lícitas, como o álcool, cigarro e automedicação, quanto as ilícitas.
Informe e promova o diálogo: Os pais devem se informar sobre os danos causados pelas drogas para poderem alertar os filhos sobre os riscos e as conseqüências que elas implicam. E deixar o canal aberto para que o adolescente ou jovem saiba que sempre poderá conversar sobre esse tema com os pais.
Esteja próximo: Os pais devem reservar tempo para acompanhar as atividades dos filhos, tanto as tarefas escolares quanto as atividades de lazer. Demonstrar interesse sobre como ele passou o dia e como é a relação com seus amigos ajuda a estabelecer uma relação de proximidade e confiança. É mais fácil estabelecer um diálogo e detectar problemas quando se conhece bem o filho.
Dê limites: Desde a primeira infância é preciso estabelecer regras coerentes com a idade e a maturidade do filho e garantir que sejam cumpridas mesmo que ele se sinta contrariado. É preciso estar sempre atento, saber onde o filho está e saber quem são suas companhias. Não basta apenas saber a hora em que ele chegou em casa. É necessário cumprir algumas responsabilidades para poder ter mais liberdade.
FAMÍLIAS DE RISCO
Ausência da função paterna: Um pai ausente, seja fisicamente ou por não assumir seu papel, é um elemento comum na história de vida de dependentes químicos. A ausência da função paterna pode tomar forma em pais pouco atuantes que fazem valer sua autoridade por meio da violência, mães permissivas que desautorizam os pais ou o afastam do filho, pai e mãe com dificuldades para impor limites e dizer “não”. A ausência da função paterna também está relacionada aos comportamentos de riscos abaixo relacionados:
Superprotetores e hiperprovedores: Pais sem tempo ou sem disponibilidade para dar afeto aos filhos muitas vezes tentam compensar a culpa realizando todos os desejos deles, sem delegar responsabilidades. Colaboram para que as crianças e adolescentes adotem o mecanismo do prazer pelo prazer, de preferência imediato. Assim, são protegidos das frustrações da vida. É essa sensação que poderão buscar na droga.
Inversão de papéis: Filhos precisam de pais, não de amigos. Se não existe hierarquia, a família torna-se um terreno indiferenciado, sem certo e errados definidos, fértil para as drogas.
Vício de pai para filho: Muitos dependentes deram continuidade ao exemplo de casa, com pais, tios, avós ou irmãos alcoolistas ou viciados em drogas lícitas e ilícitas. O aprendizado de crianças e adolescentes de como resolver conflitos e lidar com frustrações também se baseia nos exemplos na família.
O PAPEL DE FAMILIARES NA RECUPERAÇÃO
Atenção aos sinais: Dependendo da droga utilizada em poucas semanas se estabelece uma situação de emergência. No caso do CRACK o dependente apresenta emagrecimento acentuado, agressividade, depressão, dedos e bocas queimados e até delírios e paranóias.
Buscar o diagnóstico: Encaminhar o dependente a um especialista. Paciente com transtornos como depressão e bipolaridade precisam de medicação específica.
Admitir o problema: É preciso que os familiares se esforcem para perceber que todos podem fazer parte do problema e da solução.
Incentivar a busca de tratamento: No caso do crack a internação é imprescindível.
Promover mudanças: Se a família não rever seus comportamentos e atitudes e promover as mudanças necessárias, as chances de recaídas do dependente são altas.
Superar as culpas: Lidar com um dependente químico é um aprendizado. Essas situações provocam angústia em familiares. Também é comum pais darem dinheiro aos filhos ou enchê-lo de presentes se ele se dispuser a internar-se. Isso atrapalha a recuperação.
Fonte bibliográfica: Jornal Zero Hora – RS.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Tipos de Tratamentos
O tratamento da Dependência Química é um processo que conta com várias ações: psicoterapia, medicamento, internação etc. Entretanto não são todas as pessoas que necessitam de todas as ações. O tratamento deve ser individualizado, ou seja, ele deve ser projetado de acordo com as necessidades do paciente e da família. Tratamento do tipo "pacotes", nos quais todos os pacientes passam pelas mesmas ações invariavelmente e independente da substância que usam, dos problemas que têm, ou da gravidade da dependência podem funcionar para um subgrupo de pessoas, mas não para todas.

Não existe um tratamento único que atenda a todos os dependentes químicos. O terapeuta deve avaliar cuidadosamente cada caso, discutir com o jovem e com a família o plano de tratamento mais adequado. Alguns precisarão tomar medicamentos, outros não. A grande maioria não precisa ser internada, mas alguns precisam. Outros terão como indicação uma psicoterapia, ou terapia familiar, assim por diante. Só o terapeuta pode discutir com o cliente qual é a melhor opção para ele.

Modalidade Ambulatorial
Na maioria das vezes deve-se começar um tratamento pelo ambulatório. Como qualquer doença as internações devem ser reservadas para os casos mais graves. Ninguém começa um tratamento de diabetes internado diretamente, a menos que apresente uma descompensação, mas aí o quadro clínico passa a ser grave e a internação se justifica.

Devemos ter o mesmo raciocínio para o tratamento das dependências químicas. Pelo senso comum estabeleceu-se uma cultura de que tratamento de dependência química é sinônimo de Internação.

Tal atitude deixa muitos jovens com medo de ir ao médico ou psicólogo porque acham que já vão começar internando. A internação involuntária só pode ser realizada se houver risco de vida para o paciente ou terceiros.

O tratamento ambulatorial é o tipo mais acessível de tratamento, não só pelo seu menor custo, como pelas "vantagens" que ele apresenta. Ao contrário do que se imagina o tratamento ambulatorial, é mais efetivo do que a internação, pois procura tratar a pessoa sem tirá-la do ambiente no qual ela vive e nem afastá-la das tarefas do dia-a-dia.

Também é possível desenvolver com o paciente um tipo de atendimento mais longo que inclua reinserção social, prevenção de recaída, etc. Quando o paciente é encaminhado para um serviço ambulatorial, a família deve estar envolvida no tratamento sendo que o paciente deve ter consciência da sua responsabilidade no processo. O educador deve, neste momento, orientar a família com relação à importância do problema e funcionar como retaguarda do aluno, acolhendo-o sempre que necessário.

Internação

Modalidade reservada aos casos mais graves, que demandam cuidados intensivos. A internação é feita quando o profissional, que orienta o atendimento, percebe que a pessoa corre risco de vida, quando a própria pessoa prefere ser internada para se submeter ao tratamento, quando as tentativas ambulatoriais falharam, quando o jovem não tem uma rede de apoio familiar e social que o ajudará a ficar sem droga. A internação pode variar de alguns dias até 6 meses, dependendo da necessidade do paciente. Internações acima de seis meses não são mais eficazes que as internações mais curtas.

Preferencialmente a internação deve se restringir ao período de crise e ser o mais breve possível. Há os recursos das semi-internações que são o Hospital Dia e o Hospital Noite. No primeiro, o paciente passa o dia no hospital e dorme em casa. No segundo, dorme no hospital e passa o dia fora. Estas modalidades de tratamento não são comuns em nosso meio e o Brasil carece de Serviços desta natureza.

Internação Domiciliar

Este é um recurso utilizado pelos terapeutas para evitar a internação hospitalar. O jovem deve ter um bom suporte social e familiar e concordar com a internação. Neste período ele fica dentro de sua própria casa, sem sair. Não vai à escola ou ao trabalho e as tarefas fora do lar devem ser realizadas por outra pessoa. Não deve ter contato com usuários de drogas.

Psicólogo

O tratamento psicológico pode auxiliar e/ou complementar o tratamento psiquiátrico/medicamentoso e/ou funcionar como suporte motivacional e auxiliar na manutenção da abstinência. O psicólogo pode seguir diferentes linhas e independente da linha que siga irá sempre procurar trabalhar o lado emocional ligado ao problema sem receitar medicamentos. Muitas linhas psicológicas consideram a família do paciente um componente importante do tratamento e por isso o seu envolvimento é bastante freqüente.

Existem diversos tipos de tratamentos psicológicos, em grupo ou individuais, que atendem às diferentes necessidades/características das pessoas. A linha mais utilizada atualmente é a chamada cognitiva. Pode-se usar também a linha comportamental, com treinamento de habilidades, entre outras. A psicanálise clássica, não se mostrou eficaz. É importante deixar claro que, se o paciente precisar ser medicado ou passar por uma desintoxicação, deverá procurar um psiquiatra.

Medicamentoso

A necessidade de um tratamento psiquiátrico deve ser avaliada na primeira consulta do paciente. Existe muito preconceito em relação ao tratamento psiquiátrico que é, muitas vezes, associado ao tratamento de doentes mentais. O educador deve, neste caso, orientar a família para a necessidade de consultar um especialista em dependência química salientando os aspectos químicos e físicos envolvidos no problema.

O psiquiatra deve ser visto, portanto, como especialista na avaliação de um plano de atendimento no caso da dependência química. Existem poucos medicamentos que ajudam na Dependência propriamente dita - apenas para o Álcool e Tabaco. Geralmente o médico vai utilizar-se de medicamento se houver alguma doença associada, por exemplo, Déficit de Atenção e Hiperatividade, Depressão, Ansiedade dentre outras.

Grupos de Auto-Ajuda

Os grupos de auto-ajuda são grupos organizados por ex-dependentes e têm como base a troca de experiências, o aconselhamento e a religião. Os grupos de auto-ajuda não seguem nenhuma teoria específica, mas são extremamente eficientes, pois lidam com relatos de experiências vividas por outros dependentes que, desta forma, percebem o seu problema de uma outra maneira.

Existem diferentes tipos de grupos de acordo com a dependência. Os A.A (Alcoólicos Anônimos) destinam-se a alcoólicos, os N.A. (Narcóticos Anônimos) são para dependentes químicos, o Amor exigente e ALANON são para familiares de dependentes. Para os adolescentes existe o ALATEEN.

Religioso

A crença religiosa é muito importante no tratamento de dependências. Ela deve ser respeitada e valorizada pelos pais, mesmo que esteja em desacordo com as suas próprias crenças, pois funcionam como base de orientação para a abstinência e para o tratamento. Muitas vezes, os dependentes não fazem nenhum tipo específico de tratamento e apenas a religião ou a fé em alguma crença garante a sua abstinência.

Fonte: DINARC – Divisão de Narcóticos
Tratamento Involuntário

É indicado a pessoas dos ambos os sexos, que precisam, mas não aceitam a internação, quando o dependente perdeu a liberdade de escolha. O dependente não consegue mais escolher entre o consumo e a abstinência.

O usuário não dá mais importancia às coisas importantes como: estudo, emprego, convívio com familiares e parentes, respeito às normas, etc. Para ele, a dependência química já se tornou a coisa mais importante de sua vida. Nesses casos é necessário buscar auxílio profissional para reverter a situação, antes que seja tarde.

Mas a pior coisa a se fazer nesse caso é pegar a pessoa 'na marra' e interná-la. Forçar alguém ao tratamento significa não compactuar mais com os comportamentos da dependência.

Tratamento Voluntário
Se o dependente aceita o tratamento, esse é o método indicado. Deve-se sempre procurar uma clínica terapêutica especializada, que esteja apta para ajudar o paciente nas crises de abstinência, evitando assim a desistência do tratamento por parte do usuário.

Tratamento de Curta Duração
Conta com etapas fundamentais do tratamento, mas sua duração é menor do que os citados acima, chegando a durar de 15 a 30 dias. É indicado para pacientes que não podem se ausentar durantes longos períodos. É feito com uso de medicações e dinâmicas terapêuticas, aplicado intensivamente com permanência na clínica, sendo feito o acompanhamento depois. A compreensão do paciente sobre a doença é fundamental para o sucesso do tratamento, além do encorajamento e apoio da família e ao apoio de profissionais capacitados que fornecem todas as ferramentas necessárias para o paciente se reabilitar.

Sem Internação
Também chamado de fitopsicoterapia, reuni técnicas de medicina comportamental aliado a programas terapêuticos que utiliza as mais modernas técnicas.

Inicia com uma consulta na clínica, onde o paciente passa por um processo natural de desintoxicação, e o paciente é sempre acompanhado por psicólogos, terapeutas e médico. Após esse início, o paciente fará uso dos produtos fitoterápicos em casa por 90 dias. Durante esse período o paciente e seus familiares terão total apoio por parte da clinica.

Esta assistência pode ser das seguintes formas:

- Acompanhamento presencial:

Pessoalmente na clínica uma vez por semana – atendimento feito pelos terapeutas e psicólogos, usando a metodologia terapêutica da clínica.

- Acompanhamento a distância:

Um dia na clínica e acompanhamento através de telefonema dos terapêutas e psicólogos uma vez por semana para a pessoa em tratamento. Plantão telefônico em certo horário para pessoa em tratamento ou familiares buscarem ajuda no momento que precisarem.

Sendo assim, é permitido a ida a clínica uma única vez, e após essa visita, o acompanhamento dos terapêutas será feito à distância. Ou a pessoa poderá fazer o acompanhamento presencial.

Fitopsicoterapia é um programa terapêutico que a família pode acompanhar de perto e participar do processo, o que contribui significativamente para a rápida reabilitação do paciente.

A mudança será provocada, segundo a Secretaria de Estado da Criança e da Juventude (Secj), pela inauguração do Centro de Socioeducação (Cense) de Maringá, prevista para o fim deste mês. A unidade terá capacidade para abrigar 48 adolescentes já sentenciados, o que é suficiente para zerar a demanda atual, de cerca de 30 jovens cumprindo medidas judiciais em distritos policiais – há outros 50 nas carceragens, mas em internação provisória.

Osnúmeros, bem como a previsão otimista, são do diretor de socioeducação da Secj, Roberto Peixoto. Ele aponta que o problema vem se reduzindo ano a ano: em 2004, havia 300 adolescentes em delegacias. Dois anos depois, esse número havia baixado para 180. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) não dispõe de dados sobre a questão, mas considera legítimo o cálculo do governo.
O que provoca essa redução é a queda na demanda por internação aliada à construção de novas unidades. Há cerca de dois anos, a criação dos Censes de Ponta Grossa, Cascavel e Laranjeiras do Sul ampliou a capacidade de atendimento em 234 vagas. Para este ano, além da unidade de Maringá, também deve ficar pronta uma em Piraquara, com mais 78 leitos. Com isso, o número de jovens atendidos vai, segundo a secretaria, dobrar na comparação com o início da década.
Em relação aos jovens em internação temporária, a presença nas delegacias não deve ser totalmente eliminada, prevê Peixoto. A demanda atual, de 50 adolescentes, não será suprida com a unidade maringaense, que oferecerá 30 vagas para esse fim. "A internação temporária é cíclica. Há épocas de maior ou menor demanda. Mas o período de permanência dificilmente passa de 15 dias, o que torna o problema menos grave", diz.
Mudança é fundamental
Para especialistas, tirar os jovens das carceragens é um passo decisivo para o sucesso da internação. “A delegacia é um ambiente degradante. A maioria está superlotada. É um lugar em que se violam não só os direitos das crianças e adolescentes, mas os próprios direitos humanos. Quem está lá se submete a situações terríveis”, diz o promotor de Justiça Murillo José Digiácomo, que integra o Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente (Caopca).
A diferença principal é que os centros de socioeducação são equipados e estruturados exclusivamente para receber os adolescentes. Por isso, oferecem salas de aula e espaços para lazer e cultura. Possuem, quase sempre, uma arquitetura menos agressiva que a das cadeias. E os profissionais são capacitados para acompanhar individualmente os jovens, de forma a estimulá-los à reflexão.
É tudo que não se encontra em uma cadeia. “A intenção da lei é permitir que o menor tenha acompanhamento adequado, que se recupere. Mas, no ambiente da delegacia, isso não é possível”, reconhece o delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial (SDP), de Maringá, Márcio Amaro. O distrito abriga atualmente cinco jovens, em celas separadas das de adultos.
Solução nunca é definitiva
Apesar de boa, a notícia do fim de adolescentes sentenciados nas carceragens deve ser vista com ressalva. Primeiro porque o volume de internações é flutuante e pode crescer repentinamente. É um fator, portanto, difícil de ser controlado. E depois porque a criação de novos Censes, embora necessária, é capaz provocar um efeito colateral perverso.
“Quando você tem uma nova unidade e ela é boa, o juiz [que define se o jovem ficará privado de liberdade ou não] tende a querer internar o menino, porque sabe que a estrutura tem qualidade. Isso faz com que haja privação de liberdade mesmo em casos desnecessários, como no de jovens envolvidos com o consumo de drogas”, explica o promotor Digiácomo.
Além disso, acrescenta, há juízes extremamente conservadores, que internam jovens baseados em critérios inadequados para a decisão, como a condição financeira da família, o que contribui para afogar o sistema. A solução, assim, nunca é definitiva.
O caminho mais frutífero é investir em políticas públicas que afastem os jovens da criminalidade. “A solução não se dá através da pura e simples repressão. Ela é necessária e faz parte do processo, mas o que resolve são políticas de prevenção e proteção”, diz o promotor. Como exemplo, ele cita a oferta de educação de qualidade, iniciativas de combate à drogadição e a criação de espaços esportivos e culturais.
A responsabilidade cabe à União e ao Estado, mas principalmente aos municípios, aponta Digiácomo. “Os prefeitos têm a faca e o queijo na mão. Eles dominam orçamento local e, até por força de Lei, tem a obrigação de agir.” números, bem como a previsão otimista, são do diretor de socioeducação da Secj, Roberto Peixoto. Ele aponta que o problema vem se reduzindo ano a ano: em 2004, havia 300 adolescentes em delegacias. Dois anos depois, esse número havia baixado para 180. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) não dispõe de dados sobre a questão, mas considera legítimo o cálculo do governo.
O que provoca essa redução é a queda na demanda por internação aliada à construção de novas unidades. Há cerca de dois anos, a criação dos Censes de Ponta Grossa, Cascavel e Laranjeiras do Sul ampliou a capacidade de atendimento em 234 vagas. Para este ano, além da unidade de Maringá, também deve ficar pronta uma em Piraquara, com mais 78 leitos. Com isso, o número de jovens atendidos vai, segundo a secretaria, dobrar na comparação com o início da década.
Em relação aos jovens em internação temporária, a presença nas delegacias não deve ser totalmente eliminada, prevê Peixoto. A demanda atual, de 50 adolescentes, não será suprida com a unidade maringaense, que oferecerá 30 vagas para esse fim. "A internação temporária é cíclica. Há épocas de maior ou menor demanda. Mas o período de permanência dificilmente passa de 15 dias, o que torna o problema menos grave", diz.
Mudança é fundamental
Para especialistas, tirar os jovens das carceragens é um passo decisivo para o sucesso da internação. “A delegacia é um ambiente degradante. A maioria está superlotada. É um lugar em que se violam não só os direitos das crianças e adolescentes, mas os próprios direitos humanos. Quem está lá se submete a situações terríveis”, diz o promotor de Justiça Murillo José Digiácomo, que integra o Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente (Caopca).
A diferença principal é que os centros de socioeducação são equipados e estruturados exclusivamente para receber os adolescentes. Por isso, oferecem salas de aula e espaços para lazer e cultura. Possuem, quase sempre, uma arquitetura menos agressiva que a das cadeias. E os profissionais são capacitados para acompanhar individualmente os jovens, de forma a estimulá-los à reflexão.
É tudo que não se encontra em uma cadeia. “A intenção da lei é permitir que o menor tenha acompanhamento adequado, que se recupere. Mas, no ambiente da delegacia, isso não é possível”, reconhece o delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial (SDP), de Maringá, Márcio Amaro. O distrito abriga atualmente cinco jovens, em celas separadas das de adultos.
Solução nunca é definitiva
Apesar de boa, a notícia do fim de adolescentes sentenciados nas carceragens deve ser vista com ressalva. Primeiro porque o volume de internações é flutuante e pode crescer repentinamente. É um fator, portanto, difícil de ser controlado. E depois porque a criação de novos Censes, embora necessária, é capaz provocar um efeito colateral perverso.
“Quando você tem uma nova unidade e ela é boa, o juiz [que define se o jovem ficará privado de liberdade ou não] tende a querer internar o menino, porque sabe que a estrutura tem qualidade. Isso faz com que haja privação de liberdade mesmo em casos desnecessários, como no de jovens envolvidos com o consumo de drogas”, explica o promotor Digiácomo.
Além disso, acrescenta, há juízes extremamente conservadores, que internam jovens baseados em critérios inadequados para a decisão, como a condição financeira da família, o que contribui para afogar o sistema. A solução, assim, nunca é definitiva.
O caminho mais frutífero é investir em políticas públicas que afastem os jovens da criminalidade. “A solução não se dá através da pura e simples repressão. Ela é necessária e faz parte do processo, mas o que resolve são políticas de prevenção e proteção”, diz o promotor. Como exemplo, ele cita a oferta de educação de qualidade, iniciativas de combate à drogadição e a criação de espaços esportivos e culturais.
A responsabilidade cabe à União e ao Estado, mas principalmente aos municípios, aponta Digiácomo. “Os prefeitos têm a faca e o queijo na mão. Eles dominam orçamento local e, até por força de Lei, tem a obrigação de agir.”
Fonte:JM On Line-RPC
sábado, 6 de março de 2010



Drogas: Fuga Infeliz da Realidade

Você usa drogas? Por que? Já parou para pensar nisso?

Talvez seja por um motivo muito grave, quase insuportável que o levou para o caminho mais fácil: o caminho do uso das drogas. Talvez para fugir de sua realidade dura e implacável. Não estou aqui para julgar o seu motivo, mas sim ajudá-lo a ter mais consciência de seus atos e suas aflições.

Talvez naquele momento tenha sido a sua única saída, ou melhor dizendo, a única saída que você enxergava.

E agora? Como você se sente?

Solucionou o problema?

Como você se sente hoje? Bem ou mal?

A vida é muito dura, castiga as pessoas em certos momentos. Alguns procuram soluções mais saudáveis, outros procuram caminhos que ao invés de solucionar o problema aumentam ainda mais seus conflitos com o problema do vício e da dependência.

Acontece que você já entrou nessa! E como sair agora depois de já estar tão dependente?

Aquele problema que você tinha, antes de ser usuário de drogas, foi o que te levou a usá-las, mas...agora, com o uso das drogas você têm além daquele problema, mais alguns, e talvez ainda mais graves.

Além de não solucionar o problema, raiz do motivo do uso, agora você se encontra mais debilitado, mais alienado, mais descompromissado com a vida, menos saudável, mais ansioso.

Pois é, as drogas não são remédio para os problemas, mas, pelo contrário, aumentam seus problemas em dobro, em triplo e por aí vai, pois ela, na verdade, só mascara a realidade.

As pessoas a sua volta perdem a confiança em você, você começa a perder coisas, perder saúde, perder trabalho, perder carinho.

Agora não adianta mais chorar as pitangas, bola pra frente! Você quer parar?

Essa é uma pergunta importante. Quer se auto-agredir ou parar?

Se quiser parar, o primeiro passo é enxergar o seu problema. Enxergar que a droga só leva à decadência de um ser humano numa degradação social, profissional, familiar e da saúde.

O segundo passo é pedir ajuda. Não tenha medo, e procure um centro de reabilitação.

O terceiro passo é entender como a droga te prejudica, como ela altera todo o seu corpo, seu comportamento e seu psíquico. Tente entender e você irá ver o mal que ela faz.

O terceiro passo é tentar enxergar que há outras coisas que dão prazer na vida, e mais do que isso, que o prazer que a droga lhe dava era pura ilusão, pois na verdade o desprazer que ela causa é arrasador.

O quarto passo é você determinar objetivos, metas saudáveis para você tentar atingí-las. Mas que sejam metas que para serem conquistadas é preciso que você pare de usar drogas. Metas nas quais não cabe o uso das drogas.

O quinto passo é somar essa mistura e ir à luta pela sua vida e sua saúde, colocando tudo isso em prática. Fácil não é, mas impossível muito menos.

O uso de drogas acontece a partir do momento que a pessoa não está conseguindo lidar com as emoções, sejam elas de raiva, rancor, mágoa, inveja, fracasso, ira, ódio de alguém ou de alguma situação.

Como não consegue lidar com as emoções sentidas, a pessoa se sente perdida, sem saber o que fazer. Surge então o amigo de infância, ou um colega de escola, ou a (o) namorada (o), ou um cara simpático, ou mesmo numa festa onde rolam as ditas drogas ilícitas. Você experimenta, e sente a partir dos efeitos, pequenas horas de prazer. Passa o efeito e você cai na realidade novamente, uma realidade com a qual você não está sabendo lidar. Então você se lembra daquela pessoa que te apresentou aquela ervinha, ou pózinho ou outras das várias drogas que existem, e corre atrás para espantar o mau-estar de seus sentimentos de angústia. E cada vez mais, vai procurando, procurando...quando percebe, já está mergulhado e dominado por elas. O que antes era fácil de dominar passou a ser o dono desse jogo. A droga passa a controlar seus passos, você não faz nada sem ela, não reage por si próprio a não ser que ela te acompanhe. Cada dia que passa sem ela é um tormento. Nesse ponto você não consegue sair mais. Para muitos é um caminho sem volta.

Se você usa drogas para suprir a falta de alguém ou de algo, para esquecer de uma situação, para ter sua liberdade...saiba que suprir alguém com a droga não dá, pois a droga não é alguém, não é carinhosa, nem afetuosa. Esquecer uma situação com uma ilusão? Não seria melhor tentar resolver a situação ao invés de fugir dela? Ter sua liberdade? Acha mesmo que você está livre? E a dependência da droga? É a dependência mais maléfica que se poder ter.

Sei que tem coisas na vida que não são fáceis de resolver e nem de mudar, mas é possível mudar o seu pensamento sobre elas.

O que nos incomoda está relacionado ao grau de importância que damos, ao grau de valor que depositamos em algo ou alguém. Quando este valor é ameaçado, muitas vezes não sabemos o que fazer. Talvez se não tivéssemos sentimentos e nem emoções a vida não seria tão complicada. Mas temos que aceitar o fato de que nós seres humanos somos seres emocionais. Não dá para fugir disto, não dá para fugir da nossa condição de seres que desejam, que sofrem, que se emocionam, que se importam, que valorizam, que sentem.

Também não dá para fugir da nossa condição de sermos seres imperfeitos, que sofremos, nos angustiamos, choramos.

Achar uma fórmula mágica que faça com que simplesmente esqueçamos todas a injustiças das nossas vidas é impossível. Por isso, usar drogas é uma fuga de uma situação que te leva a mais e mais problemas, mais do que os que você já tinha.

Se pensa que chegou no fundo do poço, então, pare de cavar. Proponha a si mesmo deixar a "fórmula mágica" ilusória das drogas e procure ajuda a fim de aperfeiçoar sua maneira de lidar com a vida e com seus problemas.

Psicoterapeuta Fabiana Freitas
sexta-feira, 5 de março de 2010

Esteróides Anabolizantes

Não Vacile!!!!! Anabolizante é uma DROGA de ação psíquica que pode causar sérias conseqüências físicas e psicológicas para quem abusa.

O que são?
Esteróides Anabolizantes são drogas derivadas do hormônio masculino testosterona. Eles promovem o crescimento muscular e o aumento de massa corpórea. Embora haja muitos usos médicos, geralmente os anabolizantes são utilizados, por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e a aparência física, como drogas ilegais, em academias e clubes esportivos. Este uso não medicinal pode gerar uma série de danos à saúde física e psíquica.
Alguns dos principais esteróides anabolizantes são: Oximetolona, Donazol, Fluoximetil Testosterona, Mesterolona, sendo os mais utilizados no Brasil a Testosterona, o Androxon, o Durateston, o Deca-Durabolin e a Nandrolona. Os anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo patológico, tenha ocorrido um déficit.
Além desse uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos e por esse motivo são muito procurados por pessoas descuidadas e, na maioria das vezes, desenformadas que querem crescer a qualquer custo!

Como são utilizados?

Anabolizantes são tomados por via oral (pílulas) ou injetados. Muitas vezes são tomadas doses centenas de vezes mais altas que as prescrições médicas. Além disso, os usuários costumam combinar uma série de tipos diferentes de esteróides para aumentar os efeitos.
Vale a ressalva de que esses medicamentos, por serem ilegais, muitas vezes são trazidos do exterior na clandestinidade, sem o menor controle de qualidade, o que representa um risco a mais para os usuários.

Quais são os principais efeitos colaterais?
O abuso de esteróides anabolizantes pode causar tremores, acne, retenção de líquidos, aumento na pressão arterial. Especificamente nos homens: impotência sexual, infertilidade - redução no número de espermatozóides, dores ao urinar. Já nas mulheres: crescimento de pêlos no rosto, problemas no ciclo menstrual, aumento de tamanho do clitóris, alterações no timbre da voz - a voz fica grave.
Além disso, as pessoas que compartilham seringas e agulhas, no uso injetável de drogas, estão correndo sérios riscos de contração de Hepatite e do HIV - Vírus causador da AIDS.
Há órgãos de pesquisa em saúde, americanos, que mostraram que o abuso de esteróides podem causar alterações de humor, com aumento da irritabilidade e da agressividade, episódios de ciúmes paranóico, podendo gerar episódios de violência.
Usuários, muitas vezes, relatam que se sentem deprimidos ao interromperem o uso das drogas. Por vezes, esse fator é um facilitador para o estabelecimento de uma severa dependência. Usa-se a droga para não se sentir deprimido.

Não vacile!!
- Esteróides só devem ser utilizados com acompanhamento médico, portanto, só utilize esteroides se estiver com exames que comprovem as atividades cardio-respiratorias normais.

- As drogas anabolizantes podem causar a morte se usadas indevidamente, causando danos ao seu fígado, sistema reprodutor, canceres, etc... Portanto sempre faça um exame antes e após utilizar esteróides (Algumas drogas tem um alto poder hepatotóxico, ou seja, danificam o fígado, podendo chegar à necessidade de transplantes).

- Não compartilhe seringas nem agulhas em nenhuma hipótese.

- Cuidado com as drogas de origem desconhecida.

Avaliando a situação:

Assim como o uso e o abuso de esteróides anabolizantes vem aumentando, esforços para combatê-los também devem ser intensificados: campanhas informativas e preventivas, práticas de tratamento médico e psicológico e cumprimento da legislação existente, devem ser prioridades no governos do País.
Para as pessoas que utilizam dessas drogas, que fique claro o quanto elas são prejudiciais. Vale à pena refletir e reconsiderar o uso, antes que efeitos irreversíveis possam se manifestar. Em relação às pessoas que pretendem começar a tomar esteróides, a decisão é uma só: informe-se. Se possível evite o início do uso! Certamente há outras formas de ser um atleta bem sucedido e vitorioso, com maior segurança.
Um número cada vez maior de jovens faz uso desse tipo de droga, simplesmente pelos efeitos estéticos. Uso esse que, na maioria das vezes, é iniciado por sugestão de um colega, de um treinador mal informado, ou mal intencionado.
Caso você esteja fazendo uso de alguma droga e esteja preocupado, querendo obter maiores informações, não deixe de nos procurar. Iniciar o uso de uma droga é algo muito rápido e simples, já interromper esse uso...
Nossa sociedade vive um surto de "narcisismo" à toda prova, todos querem ser lindos, altos, fortes, etc. Poucas pessoas estão satisfeitas com a vida que possuem. Espera-se que todo o estresse do dia-a-dia seja colocado para fora através de tentativas frustradas e perigosas de se sentir admirado, seja por qualidades físicas ou/e psíquicas. Porém, qualquer forma de prejuízo à saúde física e psíquica para se atingir esse fim é uma tremenda besteira, podendo gerar sérias conseqüências no futuro.
Esporte é fundamental, como diz o slogan: "esporte é saúde". Acredite nisso, faça muita ginástica, treine bastante, mas não ultrapasse os limites do corpo e da sua inteligência!!

O QUE É A MACONHA?
São as flores e folhas secas da planta CANNABIS SATIVA, também conhecida como Cânhamo verdadeiro. Os cigarros são chamados de: erva, pacau, baseado, charão, fininho ou finório. Contém várias substâncias que têm efeitos cerebrais, a mais conhecida sendo o delta-9-tetrahidrocanabinol (D -9-THC,THC). Também contém substâncias que não agem no cérebro, como o alcatrão. Outras preparações da CANNABIS são o haxixe, ganja e charas.

POR QUE É USADA?
Os efeitos variam se a droga é fumada ou tomada, e dependem da quantidade usada. Com doses baixas há euforia (sensação de bem-estar) e risos, quando em grupo, ou há relaxamento e sonolência, se está sozinho. A memória fica prejudicada e a pessoa não consegue executar tarefas múltiplas. Há aceleração do tempo subjetivo, fazendo minutos parecerem horas, e confusão entre passado, presente e futuro. Os sentidos ficam aguçados, mas o indivíduo tem menor equilíbrio e força muscular. Os olhos ficam vermelhos (congestão da conjuntiva), a boca seca, e aumenta a vontade de comer doces. O pulso fica acelerado, e a pressão pode diminuir quando a pessoa fica em pé, causando tontura. Com doses mais altas iniciam os delírios (desorientação, confusão, raciocínio incoerente, medo, ilusões), alucinações (perceber algo quando não há estímulo) e despersonalização (sente que não é mais ele mesmo), que podem atingir um nível de psicose tóxica. Nestes estágios de intoxicação a pessoa pode sentir-se muito mal, mostrar-se agitada e confusa, caracterizando a má viagem.

QUE MAL FAZ PARA A SAÚDE?

Sem referir os problemas de comportamento já citados, é conhecido que:

fumar maconha traz os mesmos problemas que fumar cigarro de tabaco: bronquite, asma, faringite, enfisema e câncer;
há maior risco de sofrer acidentes de trânsito;
diminui a imunidade, aumentando a chance de ocorrerem infecções;
se for usada durante a gravidez, existe a possibilidade de prejudicar o feto.


PODE OCASIONAR DEPENDÊNCIA?

A dependência pode ocorrer por uso repetido, durante bastante tempo. Pode haver tolerância(precisa usar maior quantidade de droga para sentir os mesmos efeitos de antes), de forma que a pessoa passa a fazer uso diário da droga, no entanto, a suspensão abrupta do uso não produz sintomas físicos. O dependente se afasta da família, do trabalho e do lazer, para ficar usando a droga. Alguns podem perder o interesse por cuidar de sua saúde ou higiene.

QUAL DEVE SER A CONDUTA QUANDO SE DESCOBRE UM AMIGO USUÁRIO DE DROGAS?
O usuário não deve sentir-se abandonado por amigos ou familiares, pois ficará mais próximo da droga. Ele deve ser motivado a procurar ajuda especializada, pois os tratamentos trazem melhores resultados naquelas pessoas que querem ser ajudadas. Para tanto, devemos estar bem informados a respeito de drogas e dispostos a conversar sem preconceitos sobre o assunto. Esta pode ser uma boa maneira de auxiliá-lo, porque estaremos mostrando que a opção de não usar drogas está fundamentada.

Como identificar um usuário:
Olhos vermelhos
aumento do apetite
Riso exagerado
Uso de colírios sem que haja problema oftalmológico
Problemas de memória recente
Relaxamento constante
Dedos e dentes amarelados

Apresentação
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).

Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.

Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).

Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.

Efeitos
Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.

Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.

Riscos
Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc.

O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade.

O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância.

Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino.

Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva.

Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso.

Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade.

Tolerância e Dependência
Parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. A tolerância desaparece rapidamente após alguns dias de abstinência. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física.

Como identificar um usuário?
Hipertemia
Paranóia
Agressividade
Dificuldade de concentração

Apresentação
Inalante designa toda a substância passível de ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca. Os inalantes são geralmente solventes. Estes são substâncias que têm a capacidade de dissolver outro produto e costumam ser bastante voláteis (evaporam-se com facilidade, daí a facilidade da sua inalação) e inflamáveis. Existem diversas substâncias que podem ser inaladas. As mais usuais são produtos químicos de uso doméstico como aerossóis, gasolina, colas, esmaltes, tintas, vernizes, acetonas, éter ou ambientadores.

A forma mais comum de inalação consiste em colocar o produto num saco de plástico e ajustar a abertura do saco à volta da boca e do nariz para ser conseguida a aspiração dos vapores. É também possível embeber um pedaço de tecido com um produto, de forma a ser aspirado pelo nariz ou colocar a substância num recipiente metálico, sob o qual é aplicada uma fonte de calor para facilitar a libertação de vapores.

Estas substâncias são facilmente absorvidas pelo organismo e actuam a nível da estimulação dos receptores GABA ou fluidificação das membranas neuronais. São consideradas drogas alucinogéneas e depressoras.

Efeitos
Os efeitos dos inalantes duram cerca de 30 minutos e podem provocar excitação, exaltação do humor, euforia, alegria, desorientação, alucinações ocasionais e transtornos do comportamento (agressividade, hiper-actividade motora). Estes efeitos podem ser acompanhados de náuseas, espirros, tosse, salivação abundante e rubor facial.

Numa fase seguinte, os efeitos tornam-se menos positivos. Começa a verificar-se uma depressão do sistema nervoso, podendo a pessoa experimentar sonolência, confusão, desorientação, perturbações da visão, diminuição do auto-controle, dor de cabeça e palidez. As alucinações visuais e auditivas poderão manter-se. À medida que a depressão se aprofunda, estes efeitos acentuam-se e poderá ainda ocorrer redução do controlo muscular, vómitos, perda da consciência, surtos de convulsões, depressão respiratória, arritmias cardíacas, asfixia, coma ou morte.

Os efeitos podem assemelhar-se aos da embriaguez etílica.

Riscos
A aspiração crónica de solventes pode provocar apatia, dificuldade de concentração, défice de memória, destruição de neurónios, causando lesões irreversíveis no cérebro, epilepsia do lóbulo temporal, diminuição do nível intelectual e alterações no EEG. Para além disso, podem ainda verificar-se alterações cardiovasculares e pulmonares, síncope cardíaca, sintomas gastrointestinais, lesões na medula óssea, nos rins, no fígado e nos nervos periféricos que controlam os nossos músculos, podendo chegar a lesões musculares permanentes e à paralisia.

A depressão respiratória, arritmias cardíacas, asfixia, aspiração do vómito ou acidente poderão provocar a morte.

Tolerância e Dependência
Existe tolerância (geralmente ao fim de um ou dois meses) e dependência psicológica. O consumo crónico pode também criar dependência física.

Síndrome de Abstinência
Tem pouca intensidade e pode traduzir-se por ansiedade, agitação, depressão, perda de apetite, irritação, agressividade, tonturas, tremores e náusea.

Como Identificar um usuário:

Problemas de coordenação motora e equilíbrio
Ferimentos no nariz e boca
Problemas de memória
Fortes dores de cabeça
Agressividade
Sensação de perseguição

Apresentação
Esta substância é um opiáceo, sendo, por isso, produzida a partir da papoila (de onde é extraído o ópio), que é transformada em morfina e mais tarde em heroína. Os principais produtores de papoila são o México, Turquia, China, Índia e os países do chamado Triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia).

Este alcalóide tem uma acção depressora do sistema nervoso. É comercializada em pó, geralmente castanho ou branco (quando pura) de sabor amargo. Foi, durante muito tempo, administrada por via intravenosa, mas o aparecimento da SIDA e os efeitos devastadores que esta teve nos heroinómanos, levou à procura de novas formas de consumo. Actualmente, opta-se também por fumar ou aspirar os vapores libertados pelo seu aquecimento. No entanto, a preparação de uma injecção de heroína continua a ser um ritual, do qual fazem parte a colher e o limão.

A heroína é frequentemente misturada com outras drogas como a cocaína ("speedball"), de forma tornar os efeitos de ambas mais intensos e duradouros.

Em calão, a heroína possui várias denominações. Entre elas podemos referir heroa, cavalo, cavalete, chnouk, castanha, H, pó, poeira, merda, açúcar, brown sugar, burra, gold (heroína muito pura), veneno, bomba ou black tar.

Os opiáceos actuam sobre receptores cerebrais específicos localizados no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal medula e em algumas estruturas periféricas. A morfina, um dos principais componentes da heroína é responsável pelos seus mais salientes efeitos. Funciona como um analgésico poderoso e abranda o funcionamento do Sistema Nervoso Central e da respiração.

Efeitos
Os efeitos da heroína duram entre 4 a 6 horas. Inicialmente podem sentir-se náuseas e vómitos que são depois substituídos por sensação de bem-estar, excitação, euforia e prazer. Concomitantemente, pode sentir-se uma sensação de tranquilidade, alívio da dor e da ansiedade, diminuição do sentimento de desconfiança, sonolência, analgesia, letargia, embotamento mental, incapacidade de concentração ou depressão. Para além disso, pode ainda experimentar-se miose, estupor, depressão do ciclo respiratório (causa de morte por overdose), edema pulmonar, baixa de temperatura, amenorreia, anorgasmia, impotência, náuseas, vómitos, obstipação, pneumonia, bronquite ou morte.


Riscos
A longo prazo, o consumidor poderá sofrer alterações a nível de peso (emagrecimento extremo), afecções gastrointestinais ou patologias ginecológicas (amenorreia, problemas de ovulação). A nível psicológico, um dependente de heroína poderá tornar-se apático, letárgico, deprimido e obcecado pela droga. Muitos dos problemas que o heroinómano poderá ter estão relacionados com as infecções causadas pelo uso da seringa, falta de hábitos higiénicos e adulteração da substância. Assim sendo, existem riscos de aparecimento de chagas, abcessos, processos infecciosos como hepatites, pneumonias, SIDA, etc.

A quantidade real de heroína na dose vai de 0 a 80%, sendo que a percentagem mais frequente é de 5%. A adulteração da heroína faz-se através da sua mistura com produtos tóxicos ou prejudiciais (açúcar em pó, talco, lactose, farinha, aspirina, cacau).

A mistura de heroína com álcool ou outras drogas depressoras potencia os riscos de overdose.

Em mulheres grávidas, o consumo pode provocar abortos espontâneos, cesarianas e partos prematuros. Os recém-nascidos geralmente nascem mais pequenos do que a média, com sintomas de infecção aguda e dificuldades respiratórias, ou então com sintomas de abstinência.

O consumo crónico de heroína poderá implicar défices acentuados a nível social, podendo estes levar a desestruturação familiar, desemprego, dificuldades interpessoais, etc.

Tolerância e Dependência
A tolerância é desenvolvida com grande rapidez, o que leva ao aumento das quantidades consumidas para obtenção dos mesmos efeitos. Após um período de paragem, o consumo de uma dose equivalente à tolerância anteriormente adquirida poderá provocar overdose. Os opiáceos geram grande dependência, tanto física como psicológica.

Síndrome de Abstinência
Passa por diferentes fases. Inicialmente poderão ocorrer bocejos contínuos, choro, sudação, hiper-sensibilidade à dor, agitação e inquietação. De seguida, começa a ansiedade, irritabilidade, tremores, dores e espasmos musculares, dilatação da pupila e taquicardia. Com a progressão do quadro de abstinência surgem náuseas, vómitos, diarreia, ejaculação espontânea, dores fortes e febre.


Apresentação
A base livre (freebase) e o crack (rock, pedra) são duas drogas estimulantes quimicamente iguais. Ambas são derivadas da coca, no entanto o seu processo de preparação difere: a base livre é conseguida mediante o aquecimento de uma mistura de cloridrato de cocaína com éter. Quando o aquecimento é feito com bicarbonato de sódio, amoníaco e água, o produto final será o "crack", que possui este nome devido aos barulhos crepitantes dos resíduos de bicarbonato de sódio quando aquecidos. Esta forma de cocaína torna-se passível de ser fumada.

O efeito experimentado pelo consumidor depende sobretudo da velocidade com que a concentração no sangue aumenta e não propriamente do nível da concentração da substância. Assim sendo, a ingestão pelo fumo tem um efeito mais acentuado, dado que penetra com rapidez nos tecidos pulmonares, atingindo facilmente o coração e depois o cérebro. Quando inalada, a substância tem que penetrar a membrana mucosa que é algo grossa e depois circular no sangue até ao coração, passando depois pelos pulmões antes de atingir o cérebro. Esta viagem obriga a uma diluição considerável da droga. Pode ainda ser feita a aspiração dos vapores da combustão, recorrendo-se para tal a utensílios como cachimbos próprios, tubos de vidro, canetas esferográficas, papel de alumínio, etc.

São comercializadas sob a forma de pedras brancas ou amareladas ou bolinhas semelhantes a grãos de chumbo (125 ou 300 miligramas).

À semelhança da cocaína, pertencem ao grupo das substâncias simpático-miméticas indirectas, contribuindo para o aumento de neurotransmissores na fenda sináptica e para o estímulo das vias de neurotransmissão, nas quais a dopamina e noradrenalina estão implicadas. Não é conhecido algum uso terapêutico destas substâncias.


Efeitos
Os efeitos destas substâncias são idênticos aos da cocaína, contudo como atingem o cérebro em poucos segundos, são mais rápidos e intensos. Apresentam uma duração de cerca de 5 a 10 minutos.

O indivíduo pode começar por sentir euforia, sensação de bem-estar intensa e excitação sexual. Contudo, os efeitos positivos poderão ser rapidamente substituídos por ardor nos olhos, secura na boca, palpitações, contracções musculares, dilatação das pupilas, dor de cabeça, depressão forte, irritabilidade, angústia, insónia e diminuição do apetite.

Riscos
Com o consumo destas substâncias o indivíduo pode experimentar insónias, agitação psicomotora, emagrecimento, hipertensão, arritmias cardíacas, indiferença sexual ou acessos crónicos de tosse. Como produzem um aumento acentuado da frequência cardíaca e da pressão sanguínea, poderão causar enfarte do miocárdio e hemorragias cerebrais. Adicionalmente, o consumo destas substâncias poderá ainda trazer outras complicações, frequentemente mortais, como infecções nos brônquios e paragens respiratórias.

Em termos psicológicos, pode provocar a destruturação da identidade da pessoa. Esta pode tornar-se mais agressiva, ter problemas a nível de auto-crítica e moral, dificuldades em estabelecer relações afectivas, desenvolver psicoses, paranóia, comportamento excessivamente anti-social, podendo inclusivamente orientar-se para a marginalidade e prostituição.

O consumo de crack por mulheres grávidas poderá acarretar problemas com o feto, atrasos no crescimento intrauterino e parto prematuro. Crianças nascidas nestas condições parecem apresentar problemas a nível comportamental, não conseguindo brincar nem falar como as outras crianças. Passam também por períodos em que parecem desligar-se do mundo.

Tolerância e Dependência

Apresentam um grande potencial de dependência. A tolerância é bastante elevada e desenvolve-se com facilidade.

Síndrome de Abstinência

Manifesta-se por insónia, fadiga, apatia e depressão grave.

Como identificar um usuário:
Perda de peso acentuada
Falta de higiene
Dedos, região da boca e nariz queimados
Comportamento agressivo
Envolvimento em diversos tipos de crime

Apresentação
O Gama-Hidroxybutyrate, no calão chamado de GHB, GBH ou Ecstasy Líquido, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado.

Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros.

O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.
Origem

O GHB foi produzido há mais de 40 anos em França como um potencial anestésico, mas foi rejeitado devido aos seus efeitos secundários indesejáveis. Em 1987 voltou a ser estudado para tratamento de desordens do sono como a narcolepsia e a cataplexia. Paralelamente, os consumidores de esteróides foram informados que o GHB poderia potenciar a produção da hormona do crescimento (durante o sono profundo). Devido ao número crescente de overdoses, poucos anos depois foi retirado do comércio.

No entanto, o GHB ganhou importância enquanto uma droga recreacional, sendo principalmente usada por frequentadores de discotecas e raves. Tal facto, fez com que começassem a surgir uma série de substâncias análogas, as quais quando estão no organismo transformam-se em GHB.

Esta droga é frequentemente apresentada na Internet como um indutor de sono, um anti-depressivo ou um produto para perda de peso, utilizações que não são substanciadas e que são potencialmente mortais.

Efeitos
A potência do líquido faz variar os seus efeitos, que geralmente começam a fazer sentir-se 10 minutos após o consumo e podem durar bastante tempo (um dia ou mais).

Quando consumido em pequenas dose, os efeitos são semelhantes aos do álcool ou do ecstasy (daí o nome de ecstasy líquido). O indivíduo pode sentir mais energia, sensação de bem-estar, euforia, relaxamento, aumento da confiança, desinibição, sensualidade, tonturas ou abrandamento do ritmo cardíaco.

Algumas pessoas podem ter efeitos menos positivos como náuseas, vómito, dores de cabeça, sonolência, tonturas, amnésia, perda de controlo muscular, problemas respiratórios, perda de consciência, incapacidade de se movimentar apesar de estar consciente ou morte.

Doses mais elevadas podem provocar agitação, alucinações, desorientação, sonolência, sedação, discurso incoerente, enjoo, dificuldade de concentração, dificuldade em focar a visão, perda de coordenação, relaxamento muscular, desmaio e morte.

Uma pessoa em overdose pode experimentar perda de consciência, sono ou sedação forte, do qual não consegue ser acordada num período de cerca de 3 horas. Em casos mais graves, é possível o estado de coma e morte. A respiração pode abrandar até 4 ou 6 inspirações por minuto.

Riscos
Os consumidores de GHB podem experimentar convulsões, problemas respiratórios ou mesmo coma. Tornou-se a principal causa de comas relacionadas com drogas nos Estados Unidos e em outros países. O número de overdoses por GHB nos Estados Unidos já superou as do Ecstasy.

Os riscos a longo prazo devido ao consumo desta substância não são ainda totalmente conhecidos.

O GHB não deve ser misturado com álcool ou outras drogas depressoras, dado que a mistura acentua os efeitos desta substância.

Doses pequenas podem ter efeitos desejáveis, mas um pequeno aumento da dose pode ter consequências fatais.

Dependência
Não é muito claro mas parece existir dependência física e psicológica.

Síndrome de Abstinência

Geralmente manifesta-se por agitação, ansiedade, insónia, tremores e dores musculares.

Apresentação
Os cogumelos ou fungos, uma vez que não possuem clorofila, não se alimentam de luz solar como as outras plantas. Em alternativa, funcionam como parasitas de outras plantas e animais ou instalam-se em meios com matéria em decomposição.

Existem várias espécies diferentes de cogumelos psilocibinos, nome científico atribuído aos cogumelos que contêm Psilocibina e Psilocina (alcalóides activos). A psilocibina é quimicamente semelhante ao LSD e tem a denominação científica de orthophosphoryl-4-hydroxy-n-dimethyltryptamine. No que se refere a cogumelos psilocibinos encontramos espécies como Psilocybe mexicana, Psilocybe caerulescens, Psilocybe (ou Stropharia) cubensis, Pscilocybe wassoni, Stroparia cubensis, entre outras.

Os cogumelos psicoactivos são todos aqueles que contêm estes ou outro tipo de alcalóides capazes que afectar o Sistema Nervoso Central. Por exemplo, as espécies Amanita muscaria e Amanita pantherina são cogumelos psicoactivos mas não psilocibinos.

Os cogumelos mágicos, nome pelo qual é mais comummente conhecido este tipo de droga, são substâncias alucinogéneos ou psicadélicas. São geralmente ingeridos crus, secos, cozinhados ou em forma de chá (“Shroon Brew”), sendo que os mais consumidos são os Liberty Cad Mushroom. São uma droga sazonal dado que aparecem sobretudo no Outono, contudo podem ser secos e armazenados, sendo inclusivamente os cogumelos secos aqueles que têm efeitos mais intensos.

Após consumidos, os alcalóides dos cogumelos chegam ao cérebro e bloqueiam os efeitos da serotonina. Não foi encontrada informação sobre a utilização terapêutica dos cogumelos.

Efeitos
Os efeitos dos cogumelos parecem estar associados às condições psicológicas e emocionais do consumidor, assim como ao contexto em que esse consumo se verifica. São semelhantes ao LSD mas menos intensos e duradouros.

As primeiras reacções começam por ser de carácter físico: náuseas, dilatação das pupilas, aumento do pulso, da pressão sanguínea e da temperatura. Se ocorrer ansiedade e vertigens, estas deverão desaparecer no período de uma hora. Para além disso, o consumidor poderá sentir um aumento da sensibilidade perceptiva (cores mais intensas, percepção de detalhes) com distorções visuais e sinestesia ou mistura de sensações (os sons têm cor e as cores têm sons), acompanhadas de euforia, sensação de bem-estar, aumento da autoconfiança, grande desinibição e aumento do desejo sexual. Os efeitos alucinogéneos podem acarretar alguma desorientação, ligeira descoordenação motora, reacções paranóicas (bad trips), inabilidade para distinguir entre fantasia e realidade, pânico e depressão.

Os efeitos começam a surgir cerca de 25 a 30 minutos após a ingestão e podem durar até 6 horas.


Riscos
O consumo de cogumelos pode provocar dores no estômago, diarreia, náuseas e vómitos. Pode também piorar problemas a nível de doenças mentais ou mesmo despoletá-las.

Uma outra consequência desta droga poderão ser acidentes originados pela interpretação incorrecta da realidade.

Existem cogumelos venenosos que podem ser muito tóxicos ou até letais. A Amanita é uma droga muito perigosa, sendo actualmente responsável por 90% dos casos fatais de envenenamento por fungos. O uso prolongado desta espécie poderá levar à debilidade mental. Doses excessivas podem provocar delírios, convulsões, coma profundo e morte devido à paragem cardíaca.

Tolerância e Dependência
Os cogumelos não originam tolerância se os consumos forem espaçados (pelo menos 3 dias). Não provocam igualmente dependência física e o potencial de dependência psicológica é reduzido.

Apresentação
Os barbitúricos são depressores derivados do barbital. Podem ser organizados em três categorias:

Drogas de longa duração (8 a 16 horas) – tratamento de epilepsia, controle de úlceras pépticas e pressão sanguínea alta.
Drogas de média duração (4 a 6 horas) – pílulas para dormir.
Drogas de curta duração (breve) – anestésicos ou sedativos.
Estas substâncias afectam o receptor do neurotransmissor GABA, induzindo a inibição da actividade do Sistema Nervoso Central e reduzindo, consequentemente, as funções de alguns sistemas orgânicos. Tem efeitos sedativos, anticonvulsivos e relaxantes, sendo por isso utilizados em tratamento de ansiedade e agitação.

São encontrados em forma de comprimidos ou cápsulas e podem ser consumidos por via oral ou intravenosa.

Efeitos
Quando consumidos em doses fracas podem provocar sensações de tranquilidade, relaxamento, conciliar o sono, diminuir levemente a tensão arterial e a frequência cardíaca, provocar falta de coordenação motora, produzir perturbação da consciência e, ocasionalmente, euforia.

As quantidades mais elevadas já podem diminuir os reflexos, diminuir a memória e a atenção, modificar o humor, diminuir a afectividade, debilitar e acelerar o ritmo cardíaco (pulso), dilatar as pupilas e provocar lentidão na respiração. Nestes casos é possível atingir o estado de coma e a morte.

Riscos
Nos casos de consumo prolongado poderão surgir transtornos como anemia, hepatite, depressão, descoordenação motora, entorpecimento da fala, etc. É frequente os consumidores crónicos apresentarem irritabilidade e agressividade, para além de letargia, confusão e falta de controlo emocional (choro). A nível neurológico poderá surgir nistagmia, disartria e ataxia cerebelar.

Torna-se particularmente perigoso misturar barbitúricos com álcool, o que pode ser letal. Por sua vez, a mistura de barbitúricos com anfetaminas é considerada uma das formas mais perigosas de abuso de substâncias.

Apesar de terem várias aplicações na medicina, os barbitúricos não atenuam dores severas. Pelo contrário, a hiperaugesia ou o aumenta da reacção à dor pode verificar-se quando o indivíduo está sob o efeito destas substâncias.

Um consumo de algumas semanas pode levar à perda do poder hipnótico dos fármacos. Assim, os barbitúricos podem não só deixar de ser eficazes como pílulas para dormir, como passar a perturbar o sono, em especial o período do sono em que ocorrem os sonhos, o que poderá provocar consequências a nível psicológico.

Quando dissolvidos em água e injectados na veia podem provocar abcessos, feridas graves, gangrena, etc.

O uso de barbitúricos deverá ser evitado por mulheres grávidas.

Tolerância e Dependência
O organismo pode adquirir tolerância, sendo esta mais reduzida do que a que ocorre com os opiáceos, o que aumenta as probabilidades de overdose. Existe dependência física e psicológica. Verifica-se uma tolerância cruzada com outros depressores do Sistema Nervoso Central, entre os quais o álcool e as benzodiazepinas.

Síndrome de Abstinência
Em casos crónicos, o síndrome de abstinência pode durar até duas semanas, sendo que ao longo deste período os sintomas vão sofrendo uma intensificação. O indivíduo pode sentir perda de apetite, ansiedade, insónia, transpiração, agitação, hiperatividade, tremores, convulsões, confusão, alucinações fortes, paranóia, desorientação no tempo e espaço, náuseas, vertigens, cãibras abdominais, aumento da temperatura e da frequência cardíaca e risco de vida.

Em casos extremos poderá ainda ocorrer delirium tremens semelhante ao das crises alcoólicas, podendo traduzir-se em estados psicóticos, exaustão, colapso cardiovascular, falha dos rins e morte.

Apresentação

As anfetaminas são substâncias de origem sintética e com efeitos estimulantes. São frequentemente chamadas de speed, cristal ou anfes. As anfetaminas, propriamente ditas, são a dextroanfetamina e a metanfetamina.

Quando estão em estado puro têm o aspecto de cristais amarelados com sabor amargo. No entanto podem também ser encontradas sob a forma de cápsulas, comprimidos, pó (geralmente branco, mas também pode ser amarelo ou rosa), tabletes ou líquido. As anfetaminas, quando vendidas ilegalmente, podem ser misturadas com outras substâncias, tornando-as bastante perigosas. São, por vezes, chamadas de droga “suja”, dado que o seu grau de pureza pode ser de apenas 5%.

São geralmente consumidas por via oral, intravenosa (diluídas em água), fumadas ou aspiradas (em pó). A forma menos prejudicial e consumir anfetaminas é engolindo-as (não misturadas com álcool). A inalação danifica as mucosas do nariz e injectar é a forma mais perigosa de usar esta ou qualquer outra droga, dado que aumenta o risco de overdose e de problemas físicos ou contágio de doenças.

As anfetaminas estimulam o Sistema Nervoso, actuando na noroadrenalina, um neurotransmissor. Os sistemas dopaminérgicos e serotonérgicos são também afectados. Imitam os efeitos da adrenalina e noradrenalina – permitem ao corpo efectuar actividades físicas em situações de stress.

Têm sido principalmente utilizadas para tratamento da obesidade, uma vez que provocam perda de apetite. Foram também bastante utilizadas para tratar depressão, epilepsia, Parkinson, narcolepsia e danos cerebrais em crianças. Existem vários produtos à venda no mercado: Benzedrine, Bifetamina, Dexedrine, Dexamil, Methedrine, Desoxyn, Desbutal, Obedrin e Amphaplex.

Efeitos
O consumo de anfetaminas pode provocar hiper-actividade e uma grande necessidade de movimento, às quais pode associar-se o aumento da atenção e concentração (daí o seu uso por estudantes). Paralelamente, a pessoa pode perder o sono e a fome. O estado de excitação nervosa, euforia, loquacidade e aumento do grau de confiança, pode resultar numa diminuição da auto-crítica.

No entanto, os efeitos positivos transformam-se em negativos com alguma rapidez, podendo a pessoa experimentar fadiga, depressão, apatia ou agressividade (ocasionalmente). Os efeitos duram entre 6 a 12 horas.

Riscos

O consumo de anfetaminas pode provocar sede, transpiração, desidratação, diarreia, taquicardia, aumento da tensão arterial, náuseas, má disposição, dor de cabeça, tonturas, vertigens, sono conturbado e pouco reparador. São frequentes tiques exagerados e anormais da mandíbula ou movimentos estereotipados. Nos casos de perda de apetite devido ao uso constante de anfetaminas, poderá ocorrer o risco de desenvolvimento de uma anorexia nervosa, desnutrição e até morte.

O consumo crónico pode conduzir a uma acentuada perda de peso e exaustão, redução da resistência às infecções, testículos volumosos e doridos, tremores, ataxia, perturbações no ritmo cardíaco, dores nos músculos e nas articulações. Pode ainda ocorrer falha súbita no coração, por exemplo no caso de atletas dopados.

É possível a ocorrência de uma reacção tóxica no organismo - psicose anfetamínica – com duração variável (até algumas semanas), a qual se caracteriza por irritabilidade, hiper-excitabilidade, insónia, tremores, alucinações e até a morte, em casos extremos. É confundida frequentemente com esquizofrenia.

A sobredosagem pode provocar inquietação, alucinações, aumento da temperatura corporal, taquicardia, náuseas, vómitos, cãibras no abdómen, fortes dores no peito, insuficiência respiratória e cianose, aumento da circulação sanguínea, dificuldade de micção, perda de consciência, convulsões e morte.

Pessoas com problemas cardíacos, tensão alta, doença mental, ansiedade e ataques de pânico ou que tomam drogas de prescrição médica como os IMO (inibidores das monoaminooxidases), betabloqueadores ou anti-depressivos, correm maiores riscos quando tomam anfetaminas.

Tolerância e Dependência
A tolerância pode ser rapidamente desenvolvida e é geralmente grande. Não ocorre uma real dependência física mas existe dependência psicológica. Nos casos de consumo continuado (speed run), que resultam em grande exaustão e depressão, estes efeitos poderão ser contrariados pela retoma do consumo, criando uma espécie de imitação de dependência física.

Síndrome de Abstinência
Os sintomas não são muito intensos. Poderá notar-se letargia, fadiga, apatia, sonolência, insónia ou hipersónia, depressão, dores musculares. A irritabilidade, alterações do sono e ideias suicidas, podem persistir durante meses.