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Entidade Social João Paulo II

A ENTIDADE SOCIAL JOÃO PAULO II – ESJPII
- Originou-se por meio da necessidade de trabalhar a recuperação e a reintegração de pessoas adictos ao uso de álcool e drogas na cidade de Sarandi e região. Fundada em 12 de março de 2008, pelo Pe. Luiz Carlos de Azevedo, como atividades de biblioteca e arquivos.
- Veio a transformar se em Casa de recuperação em 22 de fevereiro de 2012, com nova Diretoria, na Figura de Maria Isaura de Brito Coelho.
Hoje acolhendo e recuperando vidas.

Endereço. Estrada Mauro Trindade lote 165-B chácara Nosso Lar. Missão da organização. Coordenadora geral. Angelita Maria de Brito Oliveira Presidente. Maria Isaura de Brito coelho


Missão da organização.


• Promover atividades com o objetivo de prevenir doenças gerada por meio do uso de álcool e drogas.
• Promover convênios com profissionais, empresas e faculdades e ou universidades para desenvolver projetos sociais na área da recuperação e reintegração do indivíduo ao meio social .
• Promover programas culturais de prevenção contra o uso de alcool, drogas e afins, no meio social e familiar.
• Atendimento atual, para pessoas do sexo masculino a partir de 18 anos.

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A ENTIDADE SOCIAL JOÃO PAULO II – ESJPII. Originou-se por meio da necessidade de trabalhar a recuperação e a reintegração de pessoas adictos ao uso de alcool e drogas na cidade de Sarandi e região. Fundada em 12 de março de 2008, pelo pe. Luiz Carlos de Azevedo, como atividades de biblioteca e arquivos, veio a transformar se em Casa de recuperação em 22 de fevereiro de 2012, com nova Diretoria, na Figura de Maria Isaura de Brito Coelho. Hoje acolhendo e recuperando vidas. End: Estrada Mauro Trindade lote 165-B chácara Nosso Lar. Missão da organização. • Promover atividades com o objetivo de prevenir doenças gerada por meio do uso de álcool e drogas. • Promover convênios com profissionais, empresas e faculdades e ou universidades para desenvolver projetos sociais na área da recuperação e reintegração do indivíduo ao meio social . • Promover programas culturais de prevenção contra o uso de alcool, drogas e afins, no meio social e familiar. Coordenadora geral. Angelita Maria de Brito Oliveira Presidente. Maria Isaura de Brito coelho
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Enquanto o uso de cocaína refinada vem caindo e sendo combatido mundialmente, em forma de crack a droga já fez mais de meio milhão de dependentes no Brasil, com índice de morte em torno de 30% em cinco anos, no máximo.

Além da rápida dependência e de alterações cerebrais muito importantes, o usuário pode até mesmo perder a visão.

"As sequelas oculares decorrentes do uso de drogas variam bastante. Pode-se constatar desde a perda de acuidade e percepção visual, até mesmo ocorrência de hemorragias, aumento de pressão e perda gradual ou total da visão", diz o doutor Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

Neves afirma que a cocaína e o crack oferecem os maiores riscos a seus usuários. "A perda de visão pode ser parcial, total, transitória ou não. Estudos em andamento analisam o impacto entre diferentes usuários. Mas é certo que, da mesma forma com que o viciado em cocaína corre risco de perder o septo nasal, o viciado em crack pode comprometer os ossos da órbita por conta do efeito tóxico da fumaça inalada".

Ecstasy

Apesar de a cocaína e o crack serem responsáveis pelo impacto mais grave na visão, outras drogas pesadas podem resultar em dificuldade de enxergar claramente. É o caso da heroína, do LSD (ácido lisérgico) e do ecstasy.

"O uso continuado de heroína pode levar a pessoa a ficar estrábica, com um ou ambos os olhos apontando para o lado externo. O LSD pode acarretar retinopatia solar, impedindo o usuário de enxergar bem à luz do dia sem proteção de óculos escuros", diz o doutor Renato Neves.

O médico alerta que riscos de outra natureza envolvem distúrbios na percepção visual, quando a pessoa relata enxergar centenas de pontos pretos em seu campo de visão. Já o ecstasy também pode provocar hemorragia ocular por conta do aumento de pressão sanguínea.

"Esses são apenas alguns dos riscos já comprovados em estudos. Muitos outros estão em andamento", assegura Dr. Renato Neves.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
domingo, 19 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Conselho Federal de Medicina vai definir orientações para profissionais no primeiro semestre de 2011
Priscilla Borges, iG Brasília

O consumo de crack no Brasil se tornou uma epidemia e, por enquanto, está absolutamente fora do controle das autoridades e das famílias brasileiras. Políticas de prevenção, tratamento e repressão ainda pouco eficientes preocupam a classe médica, que precisa atender os que sentem o efeito devastador da droga e responder às angústias de famílias que chegam aos hospitais sem saber o que fazer com os filhos. Até agora, eles dizem não saber como fazer isso.

Com este diagnóstico em mãos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reuniu as principais autoridades do País para traçar, até a metade do ano que vem, novas normas de atendimento aos usuários dependentes do crack.

O CFM está preocupado com a lentidão dos resultados de políticas públicas para o assunto e também com o novo plano de combate traçado pelo governo federal. Os conselheiros querem participar mais ativamente das discussões e do monitoramento das ações definidas pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas da Presidência da República (Senad), que ainda estão no papel, mas movimentarão R$ 400 milhões até o fim do ano.

Para isso, médicos interessados no tema em todo o Brasil se reuniram em Brasília nesta quinta-feira, dia 25. Iniciaram um Fórum Nacional sobre Aspectos Médicos e Sociais Relacionados ao Uso de Crack, que já tem mais duas reuniões marcadas para o ano que vem. Em março de 2011, a classe discutirá políticas de redução de danos aos usuários. Em abril, definições sobre o protocolo de atendimento ideal entrarão em pauta e, em maio, a capacitação dos profissionais que lidam com dependência química será o foco dos debates.

Desconhecimento

O primeiro encontro serviu para que gestores, pesquisadores e médicos que lidam com os pacientes na ponta dividissem preocupações e opiniões sobre as estratégias adotadas hoje no Brasil para combater o avanço do consumo da droga e auxiliar na recuperação dos dependentes.

“Sabemos pouco sobre o crack no mundo. Não há protocolo, antídoto ou dados suficientes para lidarmos com o problema. A certeza é de que todos precisamos trabalhar juntos: gestores, psiquiatras, sociedade”, afirma Ricardo Paiva, coordenador do fórum.

Uma pequena pesquisa de opinião preparada durante o evento mostrou que os médicos, de fato, desconhecem as especificidades do tema. Em perguntas como “você se sente qualificado para tratar o crack” ou “você conhece protocolos de assistência ao usuário”, a maioria dos participantes respondeu não (65% e 75,8%, respectivamente). Metade dos participantes admitiu não saber para onde encaminhar um usuário de crack se precisasse. Roberto Luiz d’Ávila, presidente do CFM, reconheceu que ele próprio desconhece as respostas.

“Cabe aqui uma reflexão de que precisamos agir e sensibilizar os médicos para o problema, tanto como profissionais quanto como cidadãos”, comentou. A falta de formação adequada para lidar com os pacientes usuários da droga é apenas um dos empecilhos para o enfrentamento adequado da epidemia. Os médicos criticam a definição lenta de ações eficientes nesse sentido.

“Infelizmente, nos últimos 10 ou 12 anos, o governo não teve sensibilidade para compreender a urgência que o crack exige e demorou a responder à epidemia”, critica Ronaldo Laranjeira, coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad).

Para Laranjeira, os modelos de atendimento dado aos usuários hoje e os definidos no novo plano de combate à droga não acompanham a complexidade da dependência causada pelo crack. “Essa é uma doença complexa. Vamos precisar de ambulatórios especializados, ações em escolas, maior relação com grupos de autoajuda, moradias assistivas”, afirma. O médico ressalta que grande parte dos usuários da droga morre nos primeiros cinco anos de vício. “Não vimos essa urgência refletida no combate ao uso da droga”, diz.

O psiquiatra defende a criação de unidades de tratamento especializadas, que combinem diferentes estratégias para evitar recaídas dos pacientes. Psiquiatras, psicólogos, grupos de autoajuda e orientação familiar têm de estar disponíveis, defende. Outro ponto fundamental, segundo ele, é preservar diferenças regionais nas ações. “Não é uma crítica partidária. Temos visto as mesmas políticas desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. A área da dependência química continua neglicenciada”, diz.

Plano federal

Paulina Duarte, secretária-adjunta da Senad, defendeu o plano elaborado pelo governo em maio. “Concordo que muito ainda é precisa muito, mas discordo da ideia de que nada foi feito. O governo tem feito um investimento gigantesco, que pode ser insuficiente ainda, especialmente nas áreas de tratamento e ressocialização. Esse não é um plano milagroso, ele nasceu de trabalhos que temos feito em parceria com universidades, financiando pesquisas”, afirmou. Segundo Paulina, R$ 400 milhões serão investidos ainda este ano no programa.

O plano contempla diferentes frentes de atuação: ensino e pesquisa; prevenção, tratamento e reinserção social, e enfrentamento ao tráfico. Nas próximas semanas, Paulina garante que uma promessa feita no lançamento, que já deveria estar no ar, finalmente estará disponível à população, um site informativo e interativo sobre o crack. O objetivo é esclarecer a população sobre a droga, mostrando como a dependência é causada, o efeito da droga no organismo, como funciona o tratamento e onde buscar ajuda.

De acordo com Paulina, a rede de assistência social e a de saúde serão ampliadas. Além da criação de leitos para dependentes químicos em hospitais gerais, mais Centros de Atenção Psicossociais (CAPs) passarão a funcionar no País. O plano também vai financiar estudos sobre o perfil dos usuários de crack no Brasil. As estatísticas disponíveis sobre isso atualmente retratam recortes da sociedade e não toda ela. Há dados sobre estudantes consumidores da droga e habitantes de algumas regiões, por exemplo.

Com dinheiro e escolarizados

Um estudo com 22 mil pessoas em todo o País será concluído no início de dezembro, segundo Paulina. Ana Cecília Marques, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo ( Unifesp), ressalta que o perfil dos usuários mudou desde a década de 1990, quando a droga se tornou popular no País.

“Hoje, 0,3% da população mundial está consumindo o crack. Em 2004, identificamos que pelo menos 1% dos estudantes do ensino fundamental das escolas públicas já haviam experimentado a droga. Hoje, os usuários são mais escolarizados e mais velhos”, diz.

Durante os debates, uma senhora comoveu os participantes. Professora da rede pública de ensino de Brasília, Diana Costa, 56 anos, ouviu pelo rádio a notícia do fórum. Decidiu buscar mais informações – mesmo sendo um evento para especialistas – sobre a droga que acabou com sua família. E pedir ajuda.

O filho dela, de 36 anos, e a nora, de 20, estão viciados em crack. Ela contou que eles perderam tudo o que tinham em casa para acertar dívidas com os traficantes. O filho, de dois meses, também foi rejeitado pelos dois, que o entregaram a ela. "Esse crack é uma desgraça", afirmou.

Diana pediu que os especialistas lhe orientassem. Ela já havia acompanhado o filho e a nora a hospitais públicos de Brasília duas vezes para tentar uma consulta com um psiquiatra, mas não conseguiram. E ninguém a indicou o que fazer.

"Eu estou desesperada. Essa droga acabou com meu filho, acabou com a minha vida. Isso é avassalador. Meu filho largou emprego, emagreceu quase 20 quilos em quatro meses. Não sei o que fazer", desabafou.

Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
O problema do crack sob o ponto de vista do usuário

Publicado em 11/11/2010 por Lucas Ferracioli

Uma latinha de alumínio nas mãos, um isqueiro e algumas pedras de crack. Poucos segundos depois, um prazer intenso, indescritível.

Tão rápido quanto seu efeito é a fissura que ele provoca. O crack causa uma forte dependência química, levando o usuário a consumi-lo insaciavelmente. Em diversos centros urbanos do país, a propagação o crack é já considerada uma epidemia. Mas não é apenas o organismo do indivíduo que sofre com os efeitos do crack, a droga prejudica também a consciência individual e coletiva do usuário.

O mal do crack é um problema conhecido de todos. Mas o que o usuário de crack tem a dizer? Qual sua visão de mundo, suas aspirações, como ele vê a dependência química? Essas e outras perguntas são respondidas pelo documentário “Noia: A vontade de não ser visto combina com a vontade de não querer ver”, produzido em 2009 pelos jornalistas Ronaldo Domingues e Lucas Ferracioli.














Fonte: site Instituto Eficaz
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
O jornal Folha de São Paulo publicou no dia 09 de outubro, o artigo abaixo, de autoria de Dráuzio Varella.


NICOTINA é uma droga que anda com péssimas companhias. Pouco contribui para as doenças causadas pelo cigarro; deixa o serviço sujo por conta das centenas de substâncias tóxicas resultantes da queima do fumo, inaladas ao mesmo tempo.

É ela, entretanto, a responsável pela dependência química que escraviza o usuário. Não existisse nicotina nas folhas de fumo, o cigarro daria tanta satisfação quanto fumar um pé de alface.

Na coluna de hoje, leitor, vou explicar porque 80% dos que tentam livrar-se dessa droga fracassam já no primeiro mês de abstinência e porque míseros 3% permanecem abstinentes depois de um ano.

O cigarro é um dispositivo projetado para administrar partículas de nicotina dispersas na fumaça. Absorvida nos alvéolos pulmonares, a droga cai na circulação e chega ao cérebro em velocidade vertiginosa: seis a dez segundos.

Sabe Deus por que capricho, os neurônios de algumas áreas cerebrais possuem pequenas antenas (receptores) às quais a nicotina se liga. A ligação com os receptores abre canais na membrana desses neurônios, através dos quais transitarão diversos neurotransmissores, substâncias que interferem com a intensidade dos estímulos que trafegam de um neurônio para outro.

Um deles é a dopamina, mediador associado às sensações de prazer e à compulsão que nos faz repetir as experiências que as proporcionaram, sejam sexuais, sejam gustativas ou sejam induzidas artificialmente por drogas psicoativas como cocaína ou maconha.

A nicotina induz prazer e reduz o estresse e a ansiedade. O intervalo entre as tragadas é ajustado na medida exata para controlar a excitação e o humor. Fumar melhora a concentração, a prontidão das reações e a performance de algumas tarefas. A simples manipulação do maço, o gosto, o cheiro e a passagem da fumaça pela garganta são suficientes para trazer bem-estar ao dependente.

A razão mais importante para esses benefícios é o simples alívio dos sintomas da síndrome de abstinência. Das drogas conhecidas, nenhuma causa abstinência mais avassaladora: irritabilidade, agitação, mau humor, ansiedade crescente e anedonia, a incapacidade de sentir prazer.

A exposição repetida dos neurônios à nicotina dispara o mecanismo de tolerância ou neuroadaptação, por meio do qual o número de receptores aumenta em suas membranas. Como consequência, para experimentar o mesmo prazer do principiante, o cérebro passa a exigir doses cada vez mais altas da droga. Negar-se a fornecê-las é cair no inferno.

A repetição diária de crises de abstinência alternadas com a felicidade de ficar livre delas leva o cérebro a associar os efeitos agradáveis da nicotina com certos ambientes, situações e momentos específicos. Esse conjunto de fatores é responsável pelo condicionamento que obriga a acender mecanicamente um cigarro antes mesmo da necessidade consciente de fazê-lo.

Estados de humor desagradáveis, ansiedade e irritação de qualquer origem são lidos pelo cérebro como falta de nicotina e urgência para fumar um cigarro.

Estudos realizados com irmãos gêmeos mostram elevado grau de predisposição genética envolvido na aquisição da dependência, nas características dos sintomas de abstinência e até no número de cigarros fumados por dia.

O comportamento das mulheres fumantes é mais influenciado pelo condicionamento e pelos estados de humor negativos; o dos homens, mais pelos estímulos farmacológicos da droga. Os homens regulam as doses de nicotina inaladas com mais precisão e conseguem parar de fumar com menos sofrimento.

Primariamente, a nicotina é metabolizada por uma enzima do fígado (CYP2A6). Pessoas nas quais essa enzima apresenta atividade reduzida mantém a droga mais tempo em circulação e tendem a fumar menos. Metabolizadores rápidos precisam fumar mais, apresentam sintomas de abstinência mais intensos e encontram maior dificuldade para largar do cigarro.

Droga maldita. Não conduz a nenhum nirvana, não desperta fantasias psicodélicas nem traz sensação de felicidade plena. O que faz o fumante cair nas garras do fornecedor é o condicionamento associado à sucessão dos sintomas de abstinência aplacados imediatamente pelo cigarro seguinte. Fumar se torna condição sine qua non para sobreviver com dignidade.

Fonte: Abead
Proibida, droga tem pouca penetração nessa faixa etária, aquela em que os danos físicos causados pelos seu consumo podem ser acentuados.

O último levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) sobre o uso da maconha no Brasil, em 2005, revelou que 8,8% da população brasileira já consumiram a droga alguma vez na vida. Entre adolescentes, esse índice era menos da metade: 4,1%.

Outro levantamento do SENAD, desta vez sobre o consumo de álcool, de 2004, mostrava que 48% dos adolescentes na mesma faixa etária já tinham experimentado bebidas alcoólicas uma vez na vida, um índice mais de dez vezes maior que o da maconha. Entre crianças de 10 e 12 anos, 41%.

Os números mostram que as maiores vítimas de uma eventual liberação da maconha no Brasil seriam os jovens e adolescentes. O álcool, liberado, já foi consumido por quase metade de todos os indivíduos nessa faixa etária. Já a maconha, hoje proibida, tem baixa penetração entre os adolescentes. E é melhor que assim permaneça segundo os especialistas - inclusive os que defendem a liberação de seu uso terapêutico e científico no Brasil.

Mesmo Antonio Zuardi, psiquiatra e professor do departamento de neurociências e ciências do comportamento da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, que já realizou várias pesquisas comprovando que substâncias presentes na maconha podem atuar beneficamente em pessoas com fobia social, ressalta os perigos da maconha para os adolescentes. “Alguns estudos mostram que o uso excessivo em jovens em fase de desenvolvimento pode aumentar a chance de desenvolver quadros psicóticos no futuro. Existem outras evidências de que o uso muito intenso pode produzir problemas cognitivos, de memória e de raciocínio”, afirma.

Para o psiquiatra Ivan Mario Braun, autor do livro Drogas – perguntas e respostas (mg editores), que também defende o uso medicinal das substâncias da Cannabis sativa, nome científico da planta da maconha, não há nada de subjetivo nos efeitos prejudiciais da droga. “Ela prejudica o aprendizado e facilita o aparecimento de surtos psicóticos em pessoas pré-dispostas.”

O consumo da maconha por pessoas em fase de desenvolvimento pode provocar danos permanentes. Dependendo da quantidade consumida, os problemas que a droga causa à memória de curto prazo – aquela que faz você lembrar o conteúdo que o professor acabou de passar – podem se intensificar e prejudicar também a memória de longo prazo.

Elisaldo Carlini, professor da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) e talvez o maior especialista no uso medicinal e científico da maconha no Brasil, deixa claro que a droga impede a memória de curto prazo e seu uso crônico faz o rendimento intelectual cair.

Rede de proteção — Ronaldo Laranjeira, coordenador da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas) da UNIFESP, Phd em psiquiatra pela Universidade de Londres, é definido como um “cruzado” por Carlini, que foi seu professor na década de 80. “Eu o chamo para tomar uma cerveja, mas ele não bebe”, brinca. Laranjeira é um dos organizadores do Primeiro Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado pelo SENAD, e pertinaz oponente da liberalização da maconha.

“Na Holanda, quando se flexibilizou o mercado da maconha, aumentou o consumo. No Brasil isso seria temerário, já que não temos uma rede de proteção como a Holanda tem.” Segundo Laranjeira, 80% dos usuários de droga na Holanda tem contato com o sistema de saúde – o que não acontece no Brasil.

Há alguns problemas que não são levados em conta quando se fala de liberar a maconha no Brasil, diz Laranjeira. O índice de usuários regulares no Brasil fica entre 2 e 3% da população, metade do índice americano e holandês. “Para aplicar a mesma política aqui, onde o consumo ainda é baixo do ponto de vista da saúde pública, é preciso tomar cuidado. Nem sempre o que é bom lá vai ser bom aqui.”

segundo Laranjeira, a legalização, da forma que está sendo proposta, aumentaria o consumo justamente entre os jovens. “Quem vai mais consumir não é um senhor de 50 anos, é o cara de 15”, afirma. Ele refuta a fama de ´droga leve´ da maconha. “Falar que maconha não faz mal é um absurdo do ponto de vista psiquiátrico. Sabemos que 13% dos novos casos de esquizofrenia são decorrentes do uso da maconha.”

Como a droga atua — Na primeira infância, há uma reorganização do sistema nervoso central e milhares de neurônios morrem para que a criança passe por um processo de amadurecimento. O cérebro passa por essa fase no início da puberdade. Nas meninas, ocorre entre 10 e 11 anos, e nos meninos com 12 e 13 anos. O termo técnico para essa morte celular programada é apoptose.

Depois desse momento, surgem novas sinapses que preparam o adolescente para as funções da idade adulta, como o pensamento abstrato, planejamento e o cálculo matemático, que estão relacionados a uma área específica do cérebro chamada córtex pré-frontal. É exatamente nessa área que funciona o sistema de recompensa, onde todas as drogas que causam dependência agem, como o álcool, o tabaco, a cocaína, a maconha.

“Se você pensar que uma criança começa a consumir uma dessas drogas ou a maconha, o que vai acontecer com essa estrutura? Ela vai ser totalmente danificada precoce e irreversivelmente. Essas novas sinapses, essas novas ligações neuronais vão ser destruídas pelo uso da maconha”, afirma Marco Antonio Bessa, presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria.

Se a droga é utilizada por pessoas maiores de 18 anos, o dano estará relacionado à quantidade e frequência do uso. Estudos mostram que quanto mais cedo o consumo de qualquer droga, maior o risco de se tornar dependente. “Os jovens acham que é uma droga leve, mas os efeitos danosos são piores que os do álcool e os do tabaco”, diz Bessa.

Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
“É preciso desmistificar a questão de drogas no Brasil. Este é um assunto que vem há anos sendo tratado com muito preconceito e com uma visão muito marginalizada. Antes de críticas, precisamos dar medidas preventivas à sociedade”.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Você fuma? Então veja os males do cigarro sobre seu organismo e também das pessoas que estão a sua volta cotidianamente.



É do tabaco, erva da família das solanáceas (Nicotiana tabacum) que possui nicotina, que é feito o cigarro.

O cigarro contém uma mistura de cerca de 4.700 substâncias tóxicas. Parte delas é gasosa – incluindo o monóxido de carbono, e algumas são partículas, como o alcatrão, a nicotina e a água.

O alcatrão, além dos radioativos urânio, polônio 210 e carbono 14, concentra 43 substâncias comprovadamente carcinogênicas, ou seja, que provocam o câncer, já que alteram o núcleo das células.

A fumaça do cigarro contém toxinas que produzem irritação nos olhos, nariz e garganta, bem como diminuem a mobilidade dos cílios pulmonares, ocasionando alergia respiratória em fumantes e não-fumantes.

Estes cílios, semelhantes a cabelos muito finos, são projeções da mucosa que ajudam a remover sujeiras e outros detritos do pulmão.

Quando têm seus movimentos paralisados pela exposição à fumaça do cigarro, as secreções acumulam-se, contribuindo para a tosse ou pigarro típico do fumante e para o surgimento de infecções respiratórias, freqüentes em quem tem contato com a fumaça.

A fumaça do cigarro é também constituída por monóxido de carbono (CO), cuja concentração no sangue circulante de quem fuma aumenta rapidamente pela manhã, continua a subir durante o dia e decresce à noite.

Aproximadamente, 3 a 6% da fumaça do cigarro são compostos por monóxido de carbono. Quando inalado, o monóxido de carbono atinge os pulmões e dali segue para o sangue, reduzindo sua capacidade de carregar oxigênio.

Em conseqüência, as células deixam de respirar e produzir energia, o que faz com que o fumante tenha o fôlego prejudicado e fique exposto ao risco de doenças cardiovasculares e respiratórias.

Além de venenoso em altas concentrações, o CO está implicado em muitas doenças associadas ao fumo, inclusive nos efeitos danosos sobre o desenvolvimento do feto das grávidas tabagistas.

A nicotina, outra das substâncias encontradas no cigarro, diminui a capacidade de circulação sangüínea, aumenta a deposição de gordura nas paredes dos vasos e sobrecarrega o coração, podendo levar ao infarto do miocárdio e ao câncer, mas seu papel mais importante é reforçar e potencializar a vontade de fumar.

Ela atua da mesma forma que a cocaína, o álcool e a morfina, causando dependência e obrigando o fumante a usar continuamente o cigarro. Em altas concentrações, é também venenosa.

Perdas - Pesquisas evidenciam as perdas econômicas causadas pelo cigarro em fumantes e não-fumantes, tais como: faltas ao trabalho; queda de produtividade; aposentadorias precoces; mortes prematuras; custos com a manutenção de imóveis, aparelhagens, móveis, tapetes, cortinas, etc. danificados; incêndios rurais e urbanos; acidentes de trabalho e, acidentes de trânsito.

Ressalte-se que a totalidade dos gastos sociais decorrentes do tabagismo supera em muito a arrecadação de impostos que ele proporciona: o câncer, segunda causa de morte por doença no país, é responsável por grandes gastos com tratamentos e internações hospitalares, uma vez que 90% dos cânceres de pulmão e 30% de todos os outros tipos de câncer são devidos ao tabagismo.

As doenças cardiovasculares, primeira causa de morte no país, bem como a bronquite crônica e o enfisema, estão diretamente relacionadas ao uso de tabaco e geram importantes gastos na área da saúde.

Apenas estes dois exemplos nos dão a dimensão das perdas econômicas geradas pelo tabagismo, aliados à queda na qualidade de vida do trabalhador.

Paralelamente, ainda existem os gastos economicamente não mensuráveis, como a dor, o sofrimento pessoal e familiar dos vitimados - nem sempre considerados.

Não-fumantes - Os fumantes não são os únicos expostos aos males do cigarro.

Também os não-fumantes são atingidos, já que passam a ser fumantes passivos.

Onde quer que alguém esteja fumando, são encontradas partículas da fumaça do cigarro, principalmente em locais fechados, residenciais ou públicos.

Rapidamente, as concentrações das substâncias tóxicas da fumaça excedem os níveis considerados padrões para a qualidade do ar ambiente.

O cigarro é considerado pela Organização Mundial da Saúde – OMS – como o maior agente de poluição doméstica e ambiental, tendo em vista que as pessoas passam 80% de seu tempo diário em locais fechados, tais como os de trabalho, residência e lazer.

Atualmente, por todo o mundo, cada vez mais as autoridades governamentais têm estabelecido regulamentos e leis de proteção aos não-fumantes; além disso, há crescente aumento da conscientização dos indivíduos sobre a qualidade do ar que respiram, não só em casa, como nos ambientes de trabalho e locais públicos.

Também no Brasil, progressivamente, surgem leis em nível estadual e municipal preservando os direitos dos não-fumantes, o que mostra avanço na conscientização das autoridades no que tange à poluição tabágica ambiental.

A qualidade do ar que respiramos é fundamental para nossa saúde, bem como para o bom desempenho de nossas funções cotidianas.

A permanência em um ambiente poluído com nicotina faz com que absorvamos substâncias em concentrações semelhantes às de quem fuma. Tal comprovação é realizada através da medição da cotitina, principal produto da decomposição da nicotina - substância que pode ser encontrada no sangue e na urina dos não-fumantes que moram, convivem ou trabalham com fumantes.

No Brasil, estima-se, anualmente, a morte precoce de 80 mil pessoas em virtude do tabagismo, número esse que vem aumentando ano a ano. Em outras palavras, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro, sendo o câncer a principal causa de morte.

Gravidez - Fumar durante a gravidez acarreta sérios riscos tanto para o bebê quanto para a mãe. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e hemorragias ocorrem mais freqüentemente quando a mulher grávida fuma.

Tais agravos são devidos, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina sobre o feto, após sua absorção pelo organismo materno.

Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, pelo efeito da nicotina em seu aparelho cardiovascular.

Portanto, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto em virtude do tabagismo da mãe gestante.

Analiticamente, a relação do poder aquisitivo com o consumo de cigarros mostra que há menor consumo nas classes de maior rendimento familiar.

Contraditoriamente, a população de menor renda - e que costuma ter a saúde mais frágil – é a que mais gasta com cigarro, em detrimento de itens prioritários como, por exemplo, a alimentação.

Em grande parte, essa diferença é causada pela maior desinformação das classes economicamente mais pobres.

É importante notar que este maior consumo de tabaco, somado a condições como desnutrição, doenças infecciosas e do trabalho, leva a um adoecimento mais freqüente e agravado.

Convém lembrar, ainda, que os ambientes confinados das pequenas moradias favorece sobremaneira a inalação passiva das substâncias tóxicas por crianças, gestantes e doentes.

Efeitos Causados Pelo Fumo sobre a Saúde

A curto prazo

· Irritação nos olhos

· Manifestações nasais

· Tosse e cefaléia

· Aumento dos problemas alérgicos e cardíacos

A médio e longo prazos

· Redução da capacidade respiratória

· Infecções respiratórias em crianças

· Aumento do risco de aterosclerose

· Câncer

· Infarto do miocárdio

Doenças associadas ao uso do cigarro

· Doenças coronarianas (25%)

Angina e infarto

· Doenças pulmonares obstrutivas crônicas - DPOC (85%)

Bronquite e enfisema

· Câncer em geral (30%)

Pulmão (90%), boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero

· Doenças cerebrovasculares (25%)

Derrame cerebral

· Úlceras digestivas

· Infecções respiratórias variadas

Fonte:Acre Notícias/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O narguilé, tradicional cachimbo d´água usado há milênios nos países do Sudeste Asiático e Oriente Médio acabou se tornando moda entre jovens no Brasil.

Tudo começou com a exibição na televisão de uma novela e em seguida bares e restaurantes aderiram à onda para agradar aos clientes, isso quando ainda era permitido fumar em tais ambientes e sua utilização acabou se difundido cada vez mais. O que antes era realizado de forma restrita às residências dos consumidores, se tornou público, podendo ser observado o uso de narguilé em vias públicas, clubes, praças etc.

A maior popularização foi ocasionada principalmente pelo barateamento do custo do equipamento, trazido ilegalmente do Paraguai e amplamente oferecido por vendedores ambulantes, o mesmo ocorrendo com o fumo e o carvão utilizados.

É formado por uma peça central, que parece um vaso, onde se coloca a água. Conectada à base esta uma peça cilíndrica que sustenta o fornilho, onde se coloca o tabaco e em cima do tabaco o carvão. A mangueira, por onde se aspira a fumaça, resfriada pela água, se encaixa na parte superior do narguilé e termina numa piteira.

Ele funciona quando é aspirado por um tubo que reduz a pressão no interior do aparelho, fazendo com que o ar aquecido pelo carvão passe pelo fumo, produzindo a fumaça. Essa fumaça desce até a base, onde é resfriada pela água, que retém apenas algumas partículas sólidas. A fumaça segue pelo tubo até ser consumida pelo usuário com o sabor da essência escolhida.

O narguilé se apresenta de forma atraente, em formatos sedutores e cores diversificadas, podendo ser abastecido com fumos aromatizados Em virtude de inúmeras essências, o narguilé tem aromas variados. É feito com um fumo especial (um melaço, um subproduto do açúcar) e os sabores mais conhecidos são: pêssego, maçã-verde, coco, flores e mel.

Criou-se o falso conceito de segurança, incentivado pela idéia equivocada de que seria inócuo e muitos pais compraram a idéia de que seu uso não representaria perigo algum.

Fumar narguilé é altamente maléfico para a saúde. A água do narguilé não filtra, ela apenas esfria a fumaça. O monóxido de carbono é potencializado pela combustão do carvão, o que significa que chegará mais forte ao organismo; sua concentração equivale ao final de 40 minutos de utilização, a se ter fumado aproximadamente 100 cigarros.

Apesar de ser considerado pela maioria dos consumidores praticamente inofensivo, devido à falsa crença de que a água absorveria e filtraria o carbono da fumaça, de acordo com estudos da Organização Mundial de Saúde – OMS, a água contida no suporte filtra minimamente as substâncias químicas, razão pela qual os usuários de narguilé ficam sujeitos a todas as doenças relacionadas ao cigarro, além de riscos adicionais, por carregar em sua fumaça algumas partículas da queima do carvão usado para aquecer o fumo.

O Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração – INCOR adverte que o fumo utilizado no narguilé contém as mesmas características tóxicas do tabaco (nicotina, alcatrão, monóxido de carbono etc.) e sua fumaça contem também os aditivos aromatizantes e substâncias nocivas do carvão.. Causa, portanto, dependência, perda de dente, câncer de boca e todos os riscos do tabaco à saúde: doenças respiratórias, câncer e doenças cardiovasculares.

Por seu turno a Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia – SPPT, alerta que o narguilé causa ainda mais males do que o cigarro, pelo potencial de transmitir também doenças infecciosas, já que é usado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo sem a devida esterilização.

De se observar ainda que maconha, haxixe e “crack "também estão sendo fumados no narguilé e há grupos de adolescentes trocando a água do narguilé por bebida, tornando-o ainda mais perigoso e nocivo À saúde.

O Delegado de Polícia Sandro Resina Simões destacou que, assim como o cigarro o uso de narguilé também é proibido para menores de 18 anos. A Lei n.º 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente em seu art. 243 pune com pena de detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa o crime de vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física e psíquica, ainda que por utilização indevida.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Entorpecentes – DISE, coloca À disposição da comunidade policiais especialmente treinados e rotineiramente promove cursos, palestras e apresentações de materiais relacionados ao combate ao uso dos mais diversos tipos de drogas, em escolas, clubes, associações e demais entidades, sendo que os interessados poderão requerer através do telefone n.º 3496-8005 ou na própria Delegacia Especializada, instalada na av. Tabajaras n.º 1145, Centro, nesta cidade.

Fonte:Unisite/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa, assina, na sexta-feira (22), em Brasília, o acordo de cooperação técnica entre o Paraná e o Ministério da Justiça para atuação integrada no enfrentamento ao narcotráfico, em especial, ao crack.

“O acordo cria o Grupo Permanente de Enfrentamento ao Crack, visando atuação integrada das polícias nesse trabalho”, explica Serpa.

A Secretaria Nacional de Segurança Pública se compromete a organizar e financiar reuniões periódicas trimestrais entre as chefias das unidades estaduais especializadas no combate ao narcotráfico. Os estados contribuirão com informações e relatórios sobre o combate ao crack. “Haverá troca de informações entre todos os estados e a Secretaria Nacional, tornando o combate ao narcotráfico nacional”, diz o secretário.

A partir das reuniões e coleta de dados, será feito um diagnóstico nacional, com a identificação dos grupos organizados, conduta dos grupos, consumo e demanda de drogas, método de trabalho e estudo de equipamentos para o combate ao narcotráfico. O Ministério da Justiça também poderá fornecer suporte logístico quando houver operações conjuntas entre Estados.

O Ministério também investirá no reaparelhamento e fortalecimento das unidades estaduais especializadas no combate ao narcotráfico. Esse investimento terá recursos do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. O delegado chefe da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Júlio Reis, também participa da cerimônia, que acontece às 15h, no Ministério da Justiça.

Fonte:Agência de Notícias Estado do Paraná/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
domingo, 17 de outubro de 2010
Mensagem Eletrônica Circular nº. 036/2010 Brasília, 14 de outubro2010 Para: Coordenadores Estaduais e Municipais de Saúde Mental
Coordenadores de Consultórios de Rua Coordenadores da Escolas de Redutores de Danos

Consultores e colaboradores Assunto:
III Chamada de Seleção de Projetos de Consultório de Rua e
II Chamada de Seleção de Projetos de Escola de Redutores de Danos

Como é de conhecimento de todos, em maio deste ano foi lançado o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack, através do Decreto n. 7179, de 20 de maio de 2010, com vistas à prevenção do uso, ao tratamento e à reinserção social de usuários e ao enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas. Em julho foi publicada a Medida Provisória Nº 498, que abriu crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo para atender à programação do Plano, ou seja, para diversas ações relacionadas à ampliação e diversificação do acesso à prevenção e tratamento de transtornos associados ao consumo de substâncias psicoativas.

Dentre tais ações, incluem-se os Consultório de Rua e as Escolas de Redutores de Danos.

2. Considerando o bom resultado dessas experiências, a necessidade de ampliação do acesso aos cuidados de saúde no SUS para pessoas que usam crack, álcool e outras drogas, especialmente crianças, adolescentes e jovens moradores de rua em situação de vulnerabilidade e risco e a importância da formação continuada de profissionais redutores de danos, a Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde lança nesta data a III Chamada de Seleção de Projetos de Consultório de Rua e a II Chamada de Seleção de Projetos de Escola de Redutores de Danos.

3. A III Chamada de Seleção de Projetos de Consultório de Rua selecionará 35 novos Projetos de “Consultórios de Rua” e refinanciará os projetos existentes no SUS e a II Chamada para Seleção de Projetos de Escolas de Redutores de Danos do SUS selecionará 40 novos projetos e refinanciará os Projetos-Pilotos de Escola de Redutores de Danos do SUS.

4. Nas Chamadas de seleção poderão participar Secretarias Municipais de Saúde, de municípios com mais de 200.000 habitantes (para novos projetos), o Distrito Federal, e todos os projetos selecionados na I e II Chamada de Seleção de Projetos de Consultório de Rua (para refinanciamento de CR) e todos os projetos de Escola de Redutores de Danos do SUS selecionados na I Chamada (para refinanciamento de ERD). Os projetos aprovados receberão valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) cada, para serem executados no período de doze meses.

5. As inscrições poderão ser feitas no período de 13 de outubro a 03 de novembro de 2010, no sítios abaixo: III Chamada para Seleção de Projetos de Consultórios de Rua (PCR-III) formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=5198 II Chamada de Seleção de Projetos de Escola de Redutores de Danos (ERD II) formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=3966 6. A íntegra das Chamadas encontram-se em anexo e também podem ser consultadas no sítio do Ministério da Saúde na Área Técnica da Saúde Mental – www.saude.gov.br/saudemental.

6. Para maiores informações, favor entrar em contato com Miriam Di Giovanni (miriam.giovanni@saude.gov.br) e Márcia Landini Totugui (marcia.totugui@saude.gov.br).
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Progesterex (Droga do estupro e esterilidade irreversível)

- Para que as baladeiras e desinformadas de plantão fiquem atentas.

Rivotril é fichinha perto desse...


ESTÁ NA MODA A DROGA DO ESTUPRO

Advertência sobre uma nova droga que está na moda!!!!!

Homens, passem isto às suas amigas, namoradas, filhas e mulheres.

Pais, alertem os seus filhos e filhas!

As pessoas que costumam freqüentar discotecas, barzinhos ou lugares semelhantes, devem ter muito cuidado e ficar alerta quando alguém oferecer-lhes uma bebida (qualquer bebida) ou descuidar de seu copo.

Há uma nova droga que está na moda e que se chama 'Progesterex'. Esta droga está sendo utilizada por violadores em festas para abusar das suas vítimas. Já existem vários relatos e boletins de ocorrências envolvendo essa droga, principalmente com garotas, que no dia seguinte se lembram só de terem entrado na boate, barzinhos e depois disso mais nada.

Como o caso de uma jovem que foi a um bar com as amigas e depois de ter tomado uma bebida no copo errado sumiu sem avisar, e no outro dia amanheceu em um quarto de motel totalmente nua, entre quatro homens desconhecidos. Apavorada e sem conseguir se mover (pois como a droga inibe o sistema nervoso central ela provoca a paralisia parcial nas pernas por até 8 horas após o fim da amnésia). Quando teve condições ligou para que seu noivo fosse buscá-la, depois do exame de corpo delito, foi encontrado esperma de oito (8) homens diferentes que mantiverem relação sexual com ela naquela noite enquanto estava desacordada.

Em nossa delegacia especializada (DENARC) existem vários boletins de ocorrências de situações diversas, ou seja, casos que não são repassados para a sociedade e que tem finalização triste, com conseqüências inimagináveis, bem como com seqüelas gravíssimas.

No último caso registrado uma moça de 28 anos no interior de um barzinho, numa cidade do interior próxima da capital, que somente se recorda quando bebeu seu suco de laranja e acordou em um matagal com 6 homens, inclusive quando despertou estava sendo estuprada por 2 (dois) homens ao mesmo tempo.

Progesterex é utilizada por veterinários para esterilizar animais grandes. Diz-se que esta droga se usa em conjunto com Rophynol, uma droga que ao ser dissolvida em qualquer bebida, produz amnésia (a vítima não se recorda de nada do que se passou!!!).

Progesterex, que também se dissolve fácilmente serve para evitar a gravidez . Desta forma, o violador não tem que se preocupar com testes de paternidade para ser identificado meses depois.

Atenção!! Os efeitos do Progesterex não são temporários. Qualquer mulher que tome isso, JAMAIS, entenda-se bem, JAMAIS PODERÁ TER FILHOS!! Estas pessoas sem escrúpulos conseguem obter este produto muito facilmente em qualquer Faculdade de Veterinária .. Também é utilizada para roubos, a homens ou mulheres, ou mesmo para tirar um órgão humano para tráfico de órgãos! O Progesterex está sendo divulgado em muitos lugares havendo mesmo sites que ensinam a usá-lo.



POR FAVOR, REPASSEM PARA TODOS OS SEUS AMIGOS, EM ESPECIAL ÀS MULHERES! Não custa nada e pode evitar problemas....


Por favor, não poupem esforços, DIVULGUEM!!!!!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Aprova as Normas de Funcionamento e Habilitação dos Serviços Hospitalares de Referência para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas - SHRad.


O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e

Considerando a Lei Nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;

Considerando a Portaria Nº 2.197/GM/MS, de 14 de outubro de 2004, que redefine e amplia a atenção integral para usuários de álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS;

Considerando a Portaria Nº 1.190/GM/MS, de 4 de junho de 2009, que institui o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e outras Drogas no Sistema Único de Saúde - SUS e define suas diretrizes gerais, ações e metas;

Considerando o Decreto Nº 7.179, de 20 de maio de 2010, que institui o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cria o Comitê Gestor e dá outras providências;

Considerando a Medida Provisória Nº 498, de 29 de julho de 2010, que abre crédito extraordinário em favor de diversos órgãos do Poder Executivo para atender à programação do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack;

Considerando a necessidade da oferta de suporte hospitalar estratégico para a rede de atenção psicossocial, no que tange a situações de urgência decorrentes do uso de álcool e de outras drogas que demandem por internações de curta duração que se fizerem necessárias ao manejo terapêutico de tais casos;

Considerando o cenário epidemiológico que mostra a expansão do consumo no País de substâncias psicoativas, especialmente do álcool, inalantes e cocaína em suas diferentes apresentações como cloridrato, pasta-base, crack e merla; em associação a um contexto de vulnerabilidade de crianças, adolescentes e jovens; e Considerando a necessidade de intensificar, ampliar e diversificar as ações orientadas para a prevenção, promoção da saúde,

tratamento e redução dos riscos e danos associados ao consumo de substâncias psicoativas, bem como de ampliar o acesso ao tratamento hospitalar em hospitais gerais das pessoas com transtornos decorrentes do consumo de álcool e outras drogas, resolve:

Art 1º Aprovar, na forma do Anexo a esta Portaria, as Normas de Funcionamento e Habilitação dos Serviços Hospitalares de Referência para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas - SHR-ad.

Parágrafo único. As Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em seus respectivos âmbitos de atuação, deverão adotar as medidas necessárias à organização e habilitação das unidades de que trata o caput deste artigo.

Art. 2º Os procedimentos específicos para a atenção hospitalar aos usuários de álcool e outras drogas realizados em Serviços Hospitalares de Referência para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas - SHR-ad, da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde, estão previstos na Portaria Nº 480/SAS/MS, de 20 de setembro de 2010.

Parágrafo único. Ficam mantidos os Procedimentos 03.03.17.003-4 e 03.03.17.004-2 no SIGTAP.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Fica revogada a Portaria Nº 1.612/GM/MS, de 9 de setembro de 2005, publicada no Diário Oficial da União Nº 175, de 12 de setembro de 2005, Seção 1, páginas 54-56.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Toda medida restritiva e de controle para o consumo de álcool, responsável por diversos malefícios à saúde coletiva e social, é válida.
Nesse sentido, o projeto de lei 7776/10, em tramitação na Câmara dos Deputados, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos, vem ao encontro das medidas ambientais, em geral, eficazes para diminuir sensivelmente o consumo de álcool.

 O hábito de beber em locais públicos é um modelo bastante difundido e incentivado socialmente, principalmente entre os jovens. É também, associado a outros fatores, responsável pelo ingresso de mais indivíduos no consumo de bebidas alcoólicas.
Por isso, esta regulação da venda e disponibilidade é uma medida importante e organizadora da vida social. Vale lembrar que o consumo de álcool é de alto risco para desdobramentos em violência, acidentes e desenvolvimento de abuso e dependência não só do álcool, como ainda em outras drogas.

 Todo este risco é potencialmente elevado quando passamos a considerar o consumo em espaços públicos, lembrando que, em geral, na maioria dos casos este acontece em grupos, sendo ainda mais difícil qualquer controle senão por ações restritivas.

Contudo, para garantir a eficiência da proposta, é necessário que as regras tanto de aplicação, como de punição sejam muito bem especificadas, além da realização de uma ampla campanha de esclarecimento à população, com todas as orientações necessárias sobre as justificativas e implicações da lei.

Apesar de alguns considerarem a iniciativa polêmica, entendo que é infundado não apoiar resoluções como estas considerando a desproporção entre os benefícios do beber e seu enorme custo social.

Carlos Salgado - Psiquiatra, Presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead)

 Fonte:site antidrogas
 O Dia Online/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Os fatos criminosos em todas as partes e em todos os lugares do país, as desagradáveis conseqüências na área policial, educacional, saúde, social e familiar e o degredo causado pelo crack, comprovam que essa droga trouxe malefícios sem precedências para a nossa sociedade.

O crack mata os sonhos das pessoas, aniquila o futuro de tantas outras e aumenta a criminalidade em todo canto que se instala. De poder sobrenatural, o crack sempre vicia a pessoa quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. A partir de então a sua nova vítima está condenada a engrossar as fileiras de um gigantesco e crescente exército de dependentes químicos da droga que, em conseqüência passa também a matar e morrer pelo crack.

 O crack além de trazer a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna. Faz parte da fórmula absurda do crack que nasceu da borra da cocaína, a amônia, o ácido sulfúrico, o querosene e a cal virgem, produtos altamente nocivos à saúde humana, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada, que passou a ser conhecida pelos mais entendidos, com toda razão, como sendo a pedra da morte.

Como os efeitos excitantes do crack têm curta duração, o seu usuário faz dele uso com muita freqüência e a sua vida passa a ser somente em função da droga. Em virtude do dependente do crack pertencer em grande maioria à classe pobre ou média da nossa sociedade e assim não dispor de dinheiro para manter o seu vício, então passa ele a prostituir-se em troca da pedra ou de qualquer migalha em dinheiro, a se desfazer de todos os seus pertences e a cometer furtos em casa dos seus pais, dos seus parentes, dos seus amigos ou noutros lugares quaisquer, para daí logo passar a praticar assaltos, seqüestros e latrocínios, sem contar que também fica nas mãos dos traficantes para cometer homicídios ou demais crimes que lhes for acertado em troca do crack.

Assim, o usuário do crack vende seu corpo, sua alma, seus sonhos para viver em eterno pesadelo. Na trajetória inglória e desprezível do crack, o seu usuário encontra o desencanto, a dor, a violência, o crime, a cadeia, a desgraça ou o cemitério. O crack traz o ápice da insanidade humana. Alguns que se recuperaram do poder aniquilador do crack disseram que dele sentiram o gosto do inferno.

Concluímos então que o perfil da sociedade se transformou e os problemas da segurança pública mudaram consideravelmente para pior a partir do advento do crack. Aumentaram-se todos os índices de crimes possíveis por conta do crack. Em decorrência do crack também passou a morrer precocemente uma imensidão incontável de pessoas, destarte para os jovens que mais se lançam neste lamaçal.

Os seus usuários em grande maioria se transformam em pessoas violentas e, com armas em mãos são responsáveis por mortandade em suicídios, assassinatos dos seus familiares e amigos, homicídios pelo tráfico, para o tráfico ou ainda mortes relacionadas às pessoas inocentes em roubos, nos chamados crimes de latrocínios.

É preciso que as políticas públicas contra o crack, além de promover bons projetos preventivos, repressivos e curativos, considerem os vários aspectos que envolvem os seus dependentes químicos e suas conseqüências, como a conscientização da população voltada para o drama pessoal vivido pelos mesmos e por aqueles que o cercam, as dificuldades de bem vigiar todas as fronteiras como melhor forma de prevenção de evitar a entrada da sua pasta base, as carências das entidades assistenciais e de saúde, assim como da necessidade de recursos para os aparatos policiais, destarte, para a valoração profissional dos seus membros no sentido de melhor combater o trafico, o traficante e o chamado crime organizado que é a fonte de alimentação da droga.

Evidente é que o crack é caso de Polícia, mas é também problema de todos nós e, na medida em que por sua culpa são gerados tantos crimes e disfunções sociais, cresce ainda mais a responsabilidade da própria sociedade e do poder público, principalmente para ser tratado em larga escala como caso de saúde pública. Archimedes Marques - Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe

Fonte:site antidrogas
AtibaiaNews/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Uma criança de dois anos foi internada em coma alcóolico na Santa Casa de Sertãozinho, interior de São Paulo.
O menino foi hidratado e medicado e retomou a consciência depois de cerca de três horas desacordado. Ele deixou a sala de urgência e foi internado na ala pediátrica. O menino foi levado ao hospital por uma mulher, que seria parente dos pais, insconsciente e sem responder aos estímulos dos médicos.
A mulher alegou que a criança havia sido atropelada.
Os médicos notaram um forte hálito de álcool na criança. O atropelamento foi descartado pelos médicos, já que a criança não apresentou nenhum trauma após exames de tomografia.
Segundo a assessoria do hospital, o resultado do exame de sangue sai somente nesta segunda-feira, mas os médicos já confirmaram a intoxicação, levando em conta os sinais clínicos da criança.
Vizinhos afirmaram ao delegado que atendeu à ocorrência que a criança teria ingerido cachaça. Os pais, que são lavradores e vivem na periferia da cidade, foram presos. Fonte: site antidrogas
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Consumo de crack cresce na Paraíba e autoridades lutam para conter esse mal.

Os efeitos são rápidos, devastadores. "É sempre ruim, não tem dia pior nem melhor", revela o usuário de crack, que prefere não ser identificado. A batalha para tentar se salvar é diária, incansável, com vitórias e derrotas. "A luta é muito grande, mas a recaída existe quase sempre, mesmo quando a gente procura um tratamento", afirma. A esperança de voltar a um tempo que ficou no passado: "Eu penso em me reerguer, voltar atrás, voltar no tempo".

O rapaz tem 38 anos, mas aspecto e fisionomia de um idoso. Resultado de doze anos de uso quase diário do crack. O primeiro contato com a droga foi para experimentar, por influência de garotas de programa com quem ele se relacionava. "Começou como uma brincadeira, para matar a curiosidade, mas eu não consegui me livrar mais". O homem perdeu esposa, filho, foi abandonado por amigos. Ele era comerciante e gastou todo o patrimônio com a droga. "Vendi minha serralharia, meu terreno, tudo por menos de R$ 20 mil. Cheguei a viver pelas ruas, sem nem ter onde morar", desabafa.

A pedra não aparenta perigo, mas entra no caminho, agarra o usuário e o torna dependente, de forma bem mais rápida que outras drogas. De acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde, 90% das pessoas que consomem o crack, dificilmente, conseguem largar o vício sem tratamento.

E isso independe de quem ela atinja. O crack não respeita idade, sexo, nem classe social; circula pelas comunidade mais carentes, pelos bairros mais nobres. Há cinco anos, a situação já era preocupante na Paraíba. João Pessoa foi considerada a capital brasileira com o maior percentual de jovens que já haviam experimentado o crack, segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo. Cerca de 2,5% dos alunos dos ensinos Fundamental e Médio entrevistados já haviam consumido a droga.

De 2005 para 2010, não houve outras pesquisas tão abrangentes como essa. Mas se levarmos em conta o volume da droga apreendida ao longo dos anos (ver tabela), é notável que a situação está cada vez pior. De janeiro a setembro, a Polícia Federal já havia conseguido apreender 38Kg de crack na Paraíba. "Somente as apreensões realizadas não são suficientes para estimar o crescimento do número de usuários. Mas são um panorama de que o problema é constante", explica Deusimar Guedes, gerente do Programa Estadual de Política sobre Drogas (PEPD/PB).

É possível, porém, sair desse mundo. Quem garante é Raul, como vamos chamar um homem de 32 anos que conversou com nossa reportagem. Hoje, ele mora em Cabedelo, na comunidade Renascer. Diz que é comum ver pessoas consumindo o crack, uma droga da qual ele quer distância. Raul conheceu o entorpecente quando tinha doze anos, passou vinte viciado, até chegar ao fundo do poço. "Eu percebi que estava no limite quando comecei a mentir para minha esposa, cheguei a roubar comida de casa e até um botijão de gás para poder comprar a droga. Quase perdi minha família", lamenta.

O lamento hoje se transforma em história de superação. "Eu fiquei sozinho um dia e pedi a Deus para me matar. Depois,pedi para me livrar da droga. Até pensei em me internar, mas consegui sair do vício apenas com o apoio da minha família. É possível sobreviver, basta ter amor a si próprio", comemora.
Apreensões

2005 - 1,622Kg

2006 - 37,3Kg

2007 - 50,714Kg

2008 - 111,8Kg

2009 - 332Kg

Fonte: site antidrogas
Jornal O Norte/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
Municípios e centros terapêuticos podem disputar recursos para criação de leitos.

Quatro meses após anunciar a criação de um plano nacional contra o crack, o governo definiu ontem as regras para que os municípios possam se candidatar aos 6.120 leitos para o tratamento de usuários no País. Entidades assistenciais e comunidades terapêuticas também podem pleitear acesso aos recursos.

O Ministério da Saúde não determinou quantos leitos serão destinados a cada Estado. Os editais para credenciamento serão publicados hoje no “Diário Oficial da União”. Segundo o secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, Roberto Beltrame, a demora foi motivada pela negociação com as entidades especializadas no tratamento de viciados.

“As comunidades terapêuticas trabalham de formas diferentes, então tivemos de conversar para definir critérios de seleção para a distribuição das verbas”, diz Beltrame. Serão 2,5 mil vagas em hospitais gerais e 2,5 mil em comunidades terapêuticas. Cidades com mais de 200 mil habitantes poderão disputar um dos 50 centros de atenção psicossocial para dependentes de álcool e drogas.

Municípios com até 20 mil moradores terão direito a 225 núcleos de apoio à saúde da família, nos quais será feito o atendimento inicial dos dependentes químicos. Segundo o ministério, a distribuição das novas vagas em hospitais e centros especializados dependerá do interesse e dos projetos.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, as prefeituras não têm estrutura para arcar com as novas responsabilidades. “Como municípios vão fazer concurso para médicos, psiquiatras e enfermeiros para atender? Onde estão os recursos para as contratações?”.

De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, não há motivo para os prefeitos se preocuparem. “As internações serão financiadas pelo governo e os recursos, repassados diretamente aos municípios”, assegura.
Fonte:site antidrogas
A Notícia/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O uso de drogas provoca danos mais devastadores que nos adultos por dois motivos: peso e cérebro.

Nas crianças o uso de drogas provoca danos mais devastadores que nos adultos. Quem começa a se drogar antes dos 15 anos tem quatro vezes mais chance de viciar do que um adulto.

No Rio de Janeiro, nossos repórteres flagraram crianças consumindo crack numa favela. Na Paraíba, a polícia procura a mãe de uma criança que aparece num vídeo colocando na boca um cigarro de maconha.

A polícia da Paraíba procura duas mulheres. Uma delas é a mãe de uma criança que num vídeo aparece colocando na boca um cigarro que parece ser de maconha. O vídeo foi encontrado no celular de um traficante preso ontem em João Pessoa. O homem que aparece dando o cigarro para a criança está morto e também era traficante.

O uso de drogas por crianças e adolescentes é um problema grave em vários estados. No Rio de Janeiro, flagramos crianças fumando crack na favela do Arará, subúrbio da cidade. No meio do lixo, um menino usa a droga, ao lado de dois homens.

Em outras imagens, outro garoto se aproxima de um grupo e pede uma pedra de crack que está dentro do copo plástico. Sob o efeito da droga, sai caminhando pela linha do trem.

Nas crianças o uso de drogas provoca danos mais devastadores que nos adultos. Por dois motivos: um tem a ver com peso. Um usuário mais leve tem maior risco de overdose. O outro é que o cérebro das crianças ainda está em desenvolvimento. E quanto mais cedo é o contato com as drogas, mais comum e mais intensos são os distúrbios.

A maconha e o crack vão direto para o pulmão e pela corrente sanguínea chegam ao cérebro. A maconha atinge áreas da memória, coordenação motora e capacidade de planejar e executar tarefas.

O crack se distribui por todo o cérebro e aumenta a liberação de dopamina, substância que dá sensação de prazer. Mas que em excesso provoca transtornos psicológicos como alucinações. Crianças que fumam crack têm dificuldades de ler, a escrever, a fazer cálculos. E também têm problemas de crescimento.

Uma criança de dez anos pode ter o tamanho e o peso de uma de sete. Segundo o psiquiatra Jairo Werner, estudos mostram que quem começa a usar drogas antes dos 15 anos tem quatro vezes mais chance de se viciar do que se tivesse experimentado já adulto. “A criança fica dependente mais rápido e quanto mais cedo ela começa a usar, mais risco ela tem e realmente de ter um comprometimento e depois ser muito difícil de a gente tratar”, declara Jairo Werner, doutor em saúde mental – UERJ.
Fonte:Jornal Floripa/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O vídeo mostra adultos estimulando a criança, de cerca de três anos, a fumar um cigarro que parece ser de maconha. O grupo festeja quando a garota leva o cigarro à boca e dá uma tragada. O vídeo foi divulgado pela polícia da Paraíba, que encontrou o material gravado no celular apreendido de um traficante.
Segue em tramitação na Assembleia, o projeto que obriga a inserção de mensagens educativas sobre o uso de drogas e substâncias entorpecentes nos locais próprios para a realização de shows, eventos culturais e esportivos direcionados ao público infanto-juvenil, de autoria do deputado Osires Damaso (DEM).

A proposta determina que as mensagens, desta lei deverão conter a inscrição em texto de fácil entendimento e afixado em local de livre visibilidade e o não cumprimento da mesma acarretará aos infratores, multas e sanções previstas em ato do Poder Executivo, quando de sua regulamentação.

O projeto visa combater o comércio ilícito de drogas, que tem crescido substancialmente e com isto aumentou-se também a violência e o número de mortes.

O deputado está confiante na aprovação do projeto, que deverá ser votado nos próximos dias, pois o conteúdo deste é de caráter preventivo e de forma significativa garantir a integridade da juventude. Pois o alto consumo de drogas ilícitas verificada nos shows e outros eventos têm dados alarmantes com base em estudos e notícias divulgadas na imprensa.

Fonte:O Girassol/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)


Abandono faz com que muitos completem a maioridade nos abrigos provisórios.

Das crianças que estão em abrigos hoje em Marília, 90% têm pais com problemas com álcool e drogas, segundo informou a Vara da Infância e da Juventude ao BOM DIA.

De acordo com o promotor Jurandir Afonso Ferreira, o município tem cerca de 50 crianças abrigadas e a minoria consegue retornar ao convívio familiar. “Algumas delas completam a maioridade nos abrigos. Percebemos que esses pais não foram educados para ter uma família.”

Ele comenta que um mutirão vem sendo realizado para reverter essa situação, mas os resultados ainda não são os esperados. “Nossa intenção é desacolher, contudo os pais não têm condições de criar essas crianças e não vão aos grupos de tratamento. Dessa forma, não podemos expor essa criança ao risco.”

A assistente social e coordenadora do Cacam (Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente de Marília), Daiane Frott de Matos, conta que o abrigo recebe crianças que foram vítimas de maus tratos, violência física e sexual, abandono e negligência.

O centro já recebeu criança vítima de estupro praticado pelo próprio pai. “Elas chegam demonstrando os traumas e as sequelas da violência, mas passam a ter assistência médica, odontológica e acompanhamento com psicóloga.”

Hoje o abrigo atende 22 crianças e adolescentes de ambos os sexos, mas as meninas são a maioria. Prazo para permanência no local é de 45 dias, mas alguns chegam a ficar até um ano.

Fonte:Rede Bom Dia/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)








A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançam dia 1º de setembro, quarta-feira, o Projeto de Integração de Competências no Desempenho da Atividade Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas. O lançamento ocorre por meio de uma videoconferência transmitida pela Internet aos presidentes dos Tribunais de Justiça e das Corregedorias dos Estados e do Distrito Federal.

Participarão da videoconferência os ministros Jorge Armando Felix, Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; Gilson Dipp, Corregedor Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça, Luiz Paulo Barreto, Ministro da Justiça; bem como os coordenadores do projeto, Dra. Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Dr. Prof. Arthur Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O objetivo do lançamento é divulgar o projeto que foi criado para atender ao Decreto nº 7.179/10 que instituiu o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, e aos Provimentos nº4 e nº9, do CNJ, que definem medidas com vistas à eficácia e ao bom desempenho da atividade judiciária na implantação das atividades de atenção, proteção e reinserção social de usuários e dependentes encaminhados aos Juizados Especiais Criminais, bem como as crianças e adolescentes encaminhadas às Varas da Infância e Juventude.

O Projeto

O Projeto de Integração de Competências no Desempenho da Atividade Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas será desenvolvido em quatro etapas. Na primeira, será promovido o Curso de Aprimoramento sobre Drogas – Aplicação das Penas, medidas Socioeducativas e Protetivas.

Na primeira edição, serão ofertadas 15.000 vagas gratuitas em todo o Brasil, para juízes, servidores e colaboradores do Poder Judiciário, que atuam nos Juizados Especiais Criminais e nas Varas da Infância e Juventude.

O curso tem por objetivo promover a capacitação dos diferentes atores envolvidos na aplicação da lei, visando ao cumprimento de penas e medidas alternativas, medidas protetivas e medidas sócio educativas, de modo a garantir o aprimoramento do serviço judiciário e diminuição da reincidência.

As vagas serão ofertadas gratuitamente, na modalidade de Ensino a Distância (EaD), com carga horária total de 120 horas, duração de três meses e certificado de extensão universitária expedido pela Universidade de São Paulo (USP).

O curso oferecerá ambientes interativos com a disponibilização de chats, fóruns, teleconferências, videoaulas, dentre outros.

Na USP, uma equipe de tutores capacitados, estará à disposição dos cursistas para auxiliá-los e acompanhá-los no estudo dos conteúdos. O acompanhamento será realizado por e-mail, fax ou via telefonia gratuita na modalidade 0800, que estará disponível de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 22:00, ininterruptamente.

Na segunda etapa, o projeto prevê a realização do Levantamento Nacional das Possibilidades e Dificuldades na Aplicação da Lei sobre Drogas entre os Operadores do Direito dos Juizados Especiais Criminais (JEC), com o obejtivo de avaliar possíveis dificuldades na aplicação da Lei nº. 11.343/06, considerando a percepção do juiz em relação ao usuário e em relação a disponibilidade técnica de sua equipe, a percepção do Ministério Público quanto a aplicabilidade das medidas socioeducativas e a opinião dos usuários sentenciados em relação às novas medidas da Lei.

A terceira etapa prevê a realização de Seminários Regionais de Boas Práticas, objetivando a troca de experiências entre os Operadores de Direito e a equipe multidisciplinar dos Juizados Especiais Criminais quanto à aplicabilidade das penas alternativas e medidas socioeducativas. Serão cinco seminários, um em cada região, nas cidades de Curitiba (Sul), Rio de Janeiro (Sudeste), Brasília (Centro-Oeste), Porto Velho (Norte) e Maceió (Nordeste).

Em uma última etapa, o projeto contará com o desenvolvimento de metodologia específica de aplicação das penas e medidas alternativas, medidas protetivas e socioeducativas.

Parcerias

Para a realização desse projeto, a SENAD celebrou parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Fórum Nacional de Juizados Especiais (FONAJE), a Escola Nacional da Magistratura (ENM), o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).


A videoconferência será transmitida por meio do site:

http://senadcnj.edm.org.br/

Autor: Assessoria de Imprensa

Fonte: OBID







domingo, 22 de agosto de 2010
Essa droga é sete vezes mais potente que a cocaína e também mais cruel e mortífera. O usuário chega a viciar no primeiro uso.

Desafeiçoado. Escondido pelo escuro da noite e feliz pela ilusão da droga. É tarde, e cada esquina vira boca de fumo. O crack tomou conta. Não se tem acepção de idades. São milhares de crianças, jovens e adultos encolhidos em qualquer canto, iluminados apenas por um palito de fósforo aceso. “A gente pensa que aqui quase não tem viciados em crack. Aí é que a gente se engana. Tem crianças usando crack até na escola.” Relata Jordão Vittor, 26, morador do bairro Santa Lúzia.

O crack é a mistura de cocaína refinada com bicarbonato de sódio que resulta em grãos que são fumados em cachimbos ou latas. Seu efeito pode ser de cinco a sete vezes mais potentes que a cocaína, entretanto, também é mais cruel e mortífero. Durante 10 minutos, no máximo, o usuário sente uma sensação eufórica e excitante, seguido de depressão, delírio e a necessidade de repetição da dose, quase instantaneamente.

P. tem somente 17 anos e já é viciado há dois, atualmente, usa cerca de 60 pedras de crack por dia. Todo sujo, usa dialetos, fala alto e olha de lado, mas não é agressivo, apesar de estar sob efeito da droga.

Ele é tão novo e já sem esperanças, sem expectativa de vida, sem rumo. “Eu fico bem quando uso. Depois percebo que não tenho vida, aí fumo de novo. Se eu morrer agora, vou morrer feliz”.

Em um passado bem recente, somente pessoas desprovidas de dinheiro é que eram dependentes do crack, já que é uma droga barata, custando de 5 a 10 reais a pedra. Hoje, esse perfil mudou. Agora as classes média e alta também são escravos do crack. “Antes era só na favela, hoje você vê os ‘playboys’ comprando a pedra”, alerta P.

Segundo o psiquiatra especialista em dependência e saúde mental Paulo Soares Gontijo o crescimento exagerado do consumo se deve ao fato do custo ser baixo e da mobilidade do tráfico. “Quanto mais barato, maior o consumo. Quanto mais consumo, maior a procura por tratamento”, explica.

Apesar de ser um valor relativamente baixo, o viciado começa a vender seus pertences, fazer trocas e até furtos já que existe um interesse compulsivo em usar outras pedras. “Tem pessoas que vende até o telhado da casa para comprar droga”, diz P.

Crack em Barreiras
Quando não há mais esperanças de uma vida melhor, os jovens buscam no efeito momentâneo do crack, um motivo para sorrir. “A meu ver isso acontece devido à falta de oportunidade, a falta de possibilidade de que um dia a vida possa melhorar, e se essa pessoa não tiver uma vida com estrutura familiar e social bastante firme, o que acontecerá é que ela logo cairá nessa armadilha chamada crack”, disse o Delegado Regional de Barreiras Dr. Jorge Aragão ao jornal Novo Oeste.

Em Barreiras, no Oeste da Bahia, o uso do crack não está tão disseminado quanto na capital baiana, Salvador, onde o consumo aumentou 140%. Em Brasília (DF) com aumento de apreensão de pedras de crack em 175% em apenas um ano; e Goiânia (GO), onde existem 50 mil usuários, cerca de 4% da população. Segundo o Dr. Jorge Aragão são através dessas cidades que a droga chega até Barreiras, entretanto, ainda não existe indícios de que haja pessoas ricas ou autoridades envolvidas no tráfico. “Em Barreiras, o que existe são traficantes que vendem nos seus setores, em pontos de bairros, mas nenhum que possa abastecer a cidade inteira. Apesar de o lucro ser bastante alto, não temos informações de que exista um grande ‘barão do crack’ na cidade”.

Como essa é uma droga barata, maior é o consumo, principalmente por usuários de baixa renda, segundo o delegado, os de classe média alta ainda estão usando cocaína e maconha. “O crack aqui em Barreiras continua sendo uma droga consumida por usuários de baixa renda. Temos feito “batidas” principalmente nos bairros periféricos como: Vila Rica, Santo Antônio, Vila Amorim, Santa Luzia, Sombra da Tarde, Vila Nova, Vila Brasil, bairros cuja situação nos deixa mais preocupados”.

Na tentativa de abolir o crack, a polícia Civil tem trabalhado em operações semanais, na maioria das vezes, com registro de flagrantes e como consequência, a prisão dos traficantes.
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Autor:Simonny Santos
Fonte:Jornal Nova Fronteira
Rio - Pesquisa da Unifesp — Universidade Federal de São Paulo — revela o tamanho da tragédia gerada pela disseminação do crack no País. De acordo com o estudo, o Brasil tem cerca de 900 mil usuários da droga.

Para o deputado Alexandre Cardoso (PSB) — que divulgará os dados hoje em seminário na Escola de Magistratura do Rio — o consumo de crack pode ser comparado a uma epidemia. Segundo ele, um outro trabalho da Unifesp, feito ao longo de 15 anos, apontou para a morte de 30% dos dependentes da droga
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Com o trio, a polícia apreendeu 430 comprimidos de êxtase, anabolizantes, seringas descartáveis e R$ 3.000. Eles eram investigados pela Polícia Federal há um mês e foram surpreendidos comercializando drogas em Belo Horizonte (MG).

quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Especialistas criticam pesquisador paulista que defende uso da droga como terapia para derrotar crack.

A pesquisa paulista que aponta a maconha como remédio para derrotar o vício em crack é considerada inválida e até mesmo irresponsável na comunidade científica brasileira. O assunto ganhou repercussão no fim de semana, quando o trabalho foi citado pelo jornalista Marcos Rolim em artigo da edição dominical de Zero Hora.

No texto intitulado Maconha, porta de saída?, Rolim afirma que a pesquisa representa o “mais impressionante resultado de superação de crack no Brasil”, critica a falta de repercussão que ela teve e utiliza o estudo para defender o uso medicinal da maconha. O artigo motivou forte reação de leitores. Vários enviaram e-mails de protesto ao jornal.

A pesquisa citada por Rolim foi realizada pelo psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Programa de Orientação e Tratamento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A experiência consistiu em oferecer maconha a um grupo de 50 usuários de crack. Conforme os dados, 68% haviam trocado de droga depois de seis meses. Após um ano, quem fez a substituição deixou também a maconha. Em reportagem recente da Folha de S.Paulo, Silveira descreveu o experimento como “um sucesso”.

– A dependência de maconha é muito menos agressiva do que a do crack. Nesses casos, a maconha funcionou como porta de saída do vício – disse o pesquisador.

Não é o que pensam especialistas em dependência química. Ex-presidente e atual membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), o psiquiatra gaúcho Sérgio de Paula Ramos é enfático na hora de criticar o trabalho de Silveira. Ele cita um episódio ocorrido em um Congresso Brasileiro de Psiquiatria, alguns anos atrás, na época em que o experimento foi divulgado. Ramos e Silveira foram agendados para uma mesma mesa, durante a qual discutiriam. Segundo o gaúcho, Silveira, que estava presente no congresso, não apareceu e “escapou do debate científico sério”.

– Ele não teve peito de ir. O experimento não tem a menor credibilidade científica. Foi muito criticado quando veio a público, anos atrás. Foi feito com poucas pessoas, seguidas durante pouco tempo. Dizer que a maconha pode fazer algum bem beira a irresponsabilidade. É dar as costas para a ciência – diz Ramos.

Psiquiatra diz que estudo é contestado na metodologia

Conforme ele, chefe da unidade de dependência química do Hospital Mãe de Deus, há uma biblioteca inteira de trabalhos científicos brasileiros e internacionais demonstrando que a maconha é prejudicial à saúde e serve de porta para drogas mais pesadas.

– O brasileiro começa com álcool. Quem evolui para as drogas ilícitas passa primeiro pela maconha e depois para a cocaína. Em 40 anos, nunca tratei um usuário de cocaína e de crack que não tivesse começado pelo álcool e pela maconha – afirma.

O psiquiatra Félix Kessler, do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), também afirma que o estudo de Silveira é muito contestado em termos metodológicos. Uma das falhas seria o trabalho não levar em conta se outros fatores, como família e emprego, conduziram os dependentes observados à abstinência.

– Do jeito como o estudo foi feito, não é possível dizer que foi a maconha que fez os pacientes deixarem de usar crack, como dá a entender – disse Kessler.

Ontem, Zero Hora não conseguiu contato com Dartiu Xavier da Silveira.
Fonte:Zero Hora/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)
O Senado decidiu endurecer as regras para a produção, importação, comercialização e prescrição de anfetaminas no País. A substância é utilizada em coquetéis para emagrecimento. Pelo projeto aprovado, a importação e exportação da substância dependerá de autorização a ser expedida por órgão sanitário competente.

O projeto aprovado proíbe ainda que médicos prescrevam a anfetamina junto com outras drogas do grupo como benzodiazepínicos, diuréticos, hormônios, extratos hormonais e laxantes com finalidade de tratamento da obesidade ou emagrecimento.

A notificação de receita, estabelece o texto aprovado pelo Senado, terá de ser feita apenas por profissionais cadastrados e de forma personalizada e intransferível. A receita ficará retida pelo estabelecimento que comercializar o produto.

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pela relatora da matéria, a senadora Rosalba Ciarlini. A proposta original, do senador Marcelo Crivella era ainda mais dura e pretendia banir o uso da anfetamina no Brasil.

Para apenas endurecer o uso, ao invés de proibir, Rosalba, que é médica, argumentou que existem indicações para o uso dessa droga, em especial no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, da narcolepsia e da própria obesidade. A proposta segue agora para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde terá caráter terminativo. Após isso, o texto deve seguir diretamente para votação na Câmara.
Autor:
OBID Fonte: Bol Online
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A influencia da família o que dá...

quinta-feira, 29 de julho de 2010
O excesso pelo uso de bebidas alcoólicas e drogas e a imprudência dos jovens são preocupantes e as confusões provocadas pela falta de limites muitas vezes acabam em delegacia ou provocam acidentes. Veja o flagrante de uma casa em bairro nobre do Rio de Janeiro onde acontecia esse tipo de festa e também a tragédia ocorrida no lago Paranoá, em Brasília, que acabou na morte de duas irmãs.